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Atividades marcam luta contra o racismo e história pela memória da população negra

Com o intuito de fortalecer o trabalho desenvolvido ao longo dos anos de caminhada, o Movimento Cultural Negro de Manhuaçu realizou a 2ª roda de conversa: Sobre Consciência Negra. O evento foi realizado na casa de cultura Ilza Campos Sad, no dia 19 de novembro de 16 às 21 horas.

Para dar início aos trabalhos, a abertura oficial foi dada pela professora Especialista de AEE, estudante de Direito e estagiária em Biblioteconomia: Maria Rosilaine Lage, em nome da dona Celeste Fraga, que é a atual Presidente da entidade, com a presença de convidados e pessoas que foram realizar as atrações culturais (palestras, capoeira, apresentações artísticas, especialista em cabelos afro-brasileira e roda de conversa).

O objetivo do evento foi além da luta contra o racismo: “Recontar a história pela memória da população negra”, para o Dia da Consciência Negra – 20 de novembro – neste ano de 2022. O Brasil tem a maior população negra do mundo fora da África. De acordo com o Presidente e Coordenador do Movimento Cultural Negro de Manhuaçu, professor Marco Antônio Cabral: “recontar a nossa história a partir da memória dos negros e das negras que vivem no país é um compromisso de quem quer uma educação pública de qualidade”.

Maria Rosilaine Lage, relembrou também na abertura do evento que em 2003 e em 2008, o povo brasileiro conquistou duas Leis importantes que determinavam a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena no ensino fundamental e médio, as leis 10.639/03 e 11.645/08. Modificações feitas por meio da Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB) completariam 20 anos em 2023. A Lei de Cotas raciais também tem sido muito importante (Lei n. 12.990 de 9 de junho de 2014). Os desafios são muitos e temos na educação a parceria adequada para continuarmos lutando contra o racismo.

Os integrantes do Movimento Negro de Manhuaçu estavam vestidos com a camisa do movimento e colocaram vários cartazes, desenhos, objetos, exposições e também a bandeira. O professor e palestrante Paulo, ressaltou que: “O Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro em todo o país.”

A data homenageia Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares, um pernambucano que nasceu livre, mas foi escravizado aos seis anos de idade. Zumbi foi assassinado em 20 de novembro de 1695. Assim, representa a luta dos negros e a consciência negra. Consciência negra é o sentimento dos negros relativamente a sua história e a sua herança cultura. É essa consciência que encoraja a luta negra contra a discriminação.

A Associação do Movimento Cultural Negro de Manhuaçu continua buscando fomentar a cultura Afro-Brasileira no município de Manhuaçu e região. Além disso, promover iniciativas culturais dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana e, demais grupos artísticos e culturais, que trabalham com a temática afro-brasileira, dando visibilidade e contribuindo, para a garantia dos direitos de acesso e promoção às fontes de cultura.

A cultura afro-brasileira remonta ao período colonial, quando o tráfico transatlântico de escravos forçou milhões de africanos a virem para o Brasil. Assim, foi formada a maior população de origem africana fora da África. Esta cultura está marcada por sua relação com outras referências culturais, sobretudo indígena e europeia a qual está em constante desenvolvimento no Brasil.

Com informações do Movimento Negro de Manhuaçu

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