Com a falta de interesse da iniciativa privada pelo projeto de concessão da BR-381 e BR262, que causou quatro adiamentos do leilão das rodovias, novas alternativas são avaliadas pelo governo federal. Dentre elas, deixar apenas a BR-381 para o leilão e desmembrar a BR-262.
O leilão de concessão das BRs 262 e 381 é uma das alternativas para a solução do problema no trecho urbano de Manhuaçu, tanto em relação ao afunilamento do fuxo de veículos quanto pela falta de manutenção na rodovia, que vem gerando muitos transtornos e prejuízos para quem tem que usar a rodovia.
No entanto, o leilão foi suspenso pela quarta-vez no primeiro semestre deste ano, e até agora não houve o anúncio de uma nova data. Nos adiamentos a alegação foi de correções no edital para adequações, o que vem gerando pouco interesse da iniciativa privada pelo projeto de concessão.
O Ministério da Infraestrutura informou que encontrar uma solução para o sistema rodoviário BR-381/262/MG/ES é tema prioritário para o governo federal. Embora já se fala na divisão do lote, com separação das duas rodovias para o leilão, a possibilidade ainda não foi oficializada pelo Ministério da Infraestrutura.
Principalmente entre o Distrito de Realeza, o perímetro urbano de Manhuaçu, passando também por Reduto, Martins Soares, até a divisa com o Espírito Santo, a situação da rodovia é precária, com inúmeros buracos e sem manutenção.
Um novo edital de leilão pode ser apresentado, para entregar à iniciativa privada apenas a BR-381, ou seja, os 300 quilômetros entre Belo Horizonte e Governador Valadares. No novo modelo, a BR 262, os cerca de 270 quilômetros entre João Monlevade, Manhuaçu e o litoral do Espírito Santo ficariam de fora e teriam apenas melhorias no trecho.
Essas melhorias preveem a utilização de recursos do acordo de reparação em negociação com a Samarco, responsável pelo rompimento da barragem em Mariana, em 2015. O valor estimado para as melhorias na BR-262 é de R$ 3 bilhões.