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No Dia Internacional da Mulher, índices mostram que ainda é preciso avançar na igualdade de gênero

Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o chamado Dia Internacional da Mulher é comemorado no dia 8 de março desde o início do século 20. A data escolhida para celebrar as mulheres também destaca as reivindicações sobre igualdade e respeito ao gênero. Apesar da constante luta, as vantagens do gênero masculino continuam grandes. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que a taxa de desemprego das mulheres está cada vez mais maior à dos homens.
Segundo dados do IBGE de 2019 a taxa de participação feminina no mercado de trabalho era de 54,5% e a masculina de 73,7%. Outro dado que merece atenção é a remuneração média das mulheres que em 2019 era 22% menor que a dos homens. Diante dos dados citados, é muito importante que essas ações não sejam exclusivas do Dia da Mulher. Promover uma cultura que valoriza a mulher e se preocupa com seu desenvolvimento é dever de toda sociedade.

São vários os indicadores que mostram como as mulheres ainda estão atrás dos homens quando se trata de direitos:
• Cerca de 2,4 bilhões de mulheres têm menos oportunidades e direitos econômicos que homens no mundo;
• 178 países (93,6%) mantêm barreiras legais que impedem a participação econômica plena das mulheres;
• 95 países (50%) não garantem a remuneração igualitária para trabalhos de igual valor;
• 86 países (45%) têm restrição ao mercado de trabalho;
• Apenas 12 países (6,3%) têm condições iguais para homens e mulheres em todas as áreas.

Os dados são do Banco Mundial e estão no relatório Mulheres, Empresas e o Direito 2022 divulgado no dia 1º de março. O órgão traduz as condições econômicas em pontos, com pontuação máxima de 100. Destes, as mulheres possuem 76,5 pontos, o que significa que elas têm apenas três quartos dos direitos dos homens.

O 8 de março deste ano também reforça a luta das mulheres contra a violência em todos os espaços – em casa, nas ruas, no trabalho, no ambiente virtual, enfim em todos os setores da sociedade. E quando se amplia essa área onde a mulher é diariamente oprimida, de diversas formas, seja física, psicológica, econômica, patrimonial, entre outras, não se pode deixar de levar em consideração que o Brasil é um país cuja sociedade é patriarcal.

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