Na manhã do dia 31/01/2022, a Polícia Militar de Meio Ambiente realizou uma operação de combate a caça predatória de animais silvestre, no Córrego Santa Catarina, zona rural do município de Manhuaçu.
Cumprindo um mandado de busca e apreensão, os policiais vistoriaram uma residência e localizaram 02 armas de fogo sem os registros, sendo 01 revólver calibre 32 e uma espingarda de calibre 36. Juntamente com as armas foram apreendidas também 03 munições para a espingarda, 05 munições para o revólver 32 e outras 02 munições do calibre 7.62.
Na operação, os policiais de meio ambiente localizaram também um instrumento de madeira, utilizado para caça predatória de animais silvestre na natureza, comumente denominado de “bodoque”.
O autor afirmou para os policiais que possuía as armas para defesa e que não pratica caça, mas quando questionado sobre o “bodoque”, que mantinha sob sua guarda, afirmou que utiliza o instrumento para afugentar os pássaros que sobrevoam um poço de peixes existente em sua propriedade. Por não possuir os registros das armas o autor foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Manhuaçu juntamente com todo o material apreendido, onde o flagrante foi ratificado.
O Tenente Rodrigues afirmou que a Polícia Militar de Meio Ambiente, em conjunto com o Ministério Público, trabalha para coibir crimes e infrações ambientais e com essa ação, também colabora para a redução da criminalidade violenta na zona rural, uma vez que essas armas poderiam ser furtadas e ainda serem utilizadas em crimes contra a pessoa.
O Oficial alertou que a caça predatória de animais silvestres na natureza é crime e que essa prática ilegal contribui para o desequilíbrio ecológico e traz inúmeros prejuízos para o próprio ser humano.
Esclareceu que o “bodoque” apreendido é um instrumento composto por um arco com um elástico ou corda esticada e presa nas extremidades que atira pedras ou flechas contra animais, podendo causa ferimentos ou até a morte do indivíduo, o que configura a infração ambiental de “guardar, ter a posse ou usar produtos e objetos que impliquem na caça, perseguição, destruição ou apanha de espécimes da fauna silvestre, sem autorização da autoridade competente”. Por essa infração, classificada pelo Decreto Estadual 47.383/18 como gravíssima, o infrator recebeu uma autuação no valor de R$ 2.480,55.
O Comandante do Policiamento de Meio Ambiente informou que as atividades delituosas e suspeitas contra o meio ambiente podem ser denunciadas diretamente aos militares ou pelo telefone 181 do disque denúncia, a ligação é gratuita e o sigilo é garantido.
