Padre Joãozinho foi o assessor do XVII Capítulo Geral dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora na última semana.
O padre tem uma sólida carreira como cantor, compositor, além de escritor e estudioso.
Inclusive, na missa de apresentação do novo Governo da Congregação, Padre Joãozinho cantou músicas e fez um belíssimo concerto no Santuário do Bom Jesus, em Manhumirim.
Ele concedeu entrevista à nossa reportagem e falou sobre carreira, relações e sobre como é ser um padre polivalente.
Biografia
João Carlos Almeida SCJ, conhecido como Padre Joãozinho, (Brusque, 10 de Maio de 1964) é um padre católico brasileiro. Conhecido do grande público, especialmente da Renovação Carismática Católica (RCC), é um dos compositores católicos mais respeitados, ao lado de nomes como Padre Zezinho e Padre Jonas Abib.
Como produtor musical, já descobriu inúmeros talentos católicos, como a banda Vida Reluz, Walmir Alencar, Elaine Cristina, grupo Kyrie, Maria do Rosário, entre outros.
Entre suas canções mais conhecidas, destacam-se Conheço um coração, Vento do Espírito, Tenda do Senhor, Tu que renovas, Confia no Senhor, Irmão Sol, Irmã Luz, Cristo é minha vida (em parceria com o saudoso Padre Léo) entre outras.
Filho do casal Samuel Sidnei Almeida (in memorian) e Maria da Glória Almeida: seu pai era contabilista e sua mãe, professora. Tem duas irmãs: Sandra Simone e Ana Carolina. Iniciou os estudos em duas escolas públicas de Brusque (SC): Dom João Becker e Feliciano Pires.
Ainda pequeno, Joãozinho decidiu-se pela vocação sacerdotal: em 1976, aos 11 anos de idade, entrou para o seminário da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos), localizado na cidade de Rio Negrinho (SC).
Em 1977, transferiu-se para o Seminário Dehoniano de Corupá (SC).
Em 1980, começou a cursar o Ensino Médio (o 2º Grau Científico, na época), no seminário – SC. No ano seguinte continou seus estudos no seminário de Corupá – SC. Em 1980 iniciou o então 2º grau no Seminário Dehoniano de Curitiba (PR).
Em 1983, transferiu-se para Jaraguá do Sul (SC), onde fez os votos de noviciado.
Em 1984, ingressou na FEBE – Fundação Educacional de Brusque (SC), onde iniciou sua formação filosófica.
Em 1986, concluiu sua 1ª Graduação Superior: em Estudos Sociais (Licenciatura Plena).
Em 1987, já formado, foi lecionar no seminário de Terra Boa (PR). Também cursou pós-graduação latu sensu em psicopedagogia na FAFIMC, em Viamão (RS).
Em 1989, ingressou no Instituto Teológico SCJ de Taubaté (SP) – hoje, chama-se Faculdade Dehoniana -, na época, uma extensão da PUC-RJ, onde iniciou seus estudos teológicos.
Em 1992, concluiu sua 2ª Graduação Superior: Teologia (Bacharelado), pela PUR/RJ.
Em 19 de dezembro de 1992 foi ordenado Sacerdote (Padre Católico). A cerimônia de ordenação sacerdotal foi presidida por Dom Eusébio Oscar Scheid (hoje, cardeal do Rio de Janeiro), na paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque (SC). A partir de então, passou a assinar Padre Joãozinho, SCJ
À partir de então, iniciou sua trajetória como Padre. Sua 1ª paróquia foi o Santuário São Judas Tadeu, na cidade de São Paulo (SP), onde atuou junto aos jovens, pastoral do dízimo, leigos dehonianos e RCC – Renovação Carismática Católica.
Desse contato com a Renovação Carismática, sua “veia artística” aflorou, e desde então, tornou-se um nome conhecido dentro da Mídia Católica, seja pela Música (como cantor, compositor e produtor musical), quer pelos inúmeros livros publicados.
No fim de 1995, obedecendo às ordens superiores da Congregação do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos), tranferiu-se para Belo Horizonte (MG), a fim de cursar Mestrado em Teologia no Instituto Santo Inácio. Dissertou sobre o “conceito de Salvação” presente no compêndio do teólogo peruano Gustavo Gutiérres, tendo sido orientado por Pe. João Batista Libanio. A sua dissertação foi publicada pela Edições Loyola, sob o título “Livres para amar”.
Nesse tempo, aproximou-se novamente dos jovens carismáticos, tendo sido responsável pela explosão do PUR – Projeto Universidades Renovadas, do qual foi Diretor Espiritual durante três anos.
Em 1998, já Mestre em Teologia, retornou para Taubaté (SP), para atuar como professor no Instituto Teológico SCJ, formador no Convento Dehoniano e como vigário paroquial em comunidades rurais.
Nessa época, aproximou-se da Comunidade Canção Nova, tornando-se “figurinha conhecida” do grande público, pregando e cantando em shows e retiros em Cachoeira Paulista (SP). Assumiu a apresentação do programa “Direção Espiritual”, pela TV Canção Nova.
Em novembro de 1999, foi nomeado Diretor do Instituto Teologico SCJ. Assumiu a responsabilidade de obter o Reconhecimento pelo MEC – Ministério da Educação, dos cursos de Teologia e Filosofia, do Instituto Teológico SCJ. Em 2001, as duas faculdades foram reconhecidas pelo MEC e nasceu a Faculdade Dehoniana, da qual foi o 1º Diretor Geral.
Em função da incompatibilidade de agenda, acabou deixando a apresentação do programa “Direção Espiritual”, tendo assumido em seu lugar, um “padre novo” da mesma congregação: Fábio de Melo.
Durante este período, iniciou três doutorados:
– em Teologia Sistemática, na Pontifícia Faculdade N. Sra, da Assunção, onde defendeu a tese sobre a “Teologia da Solidariedade em Gustavo Gutiérrez”, sob a orientação do teólogo Dom Benedito Beni dos Santos, hoje bispo de Lorena-SP;
– em Educação na USP, sob a orientação do filósofo e pedagogo Luiz Jean Lauand, onde defendeu tese sobre a “Educação Integral”;
– em Espiritualidade, na Pontifícia Universidade Gregoriana, sob a orientação do jesuíta P. Felix Pastor, onde defendeu tese sobre “Padre Léon Dehon”, fundador da Congregação Religiosa da qual faz parte.