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Sem shows, circos baixam a lona e vivem expectativa pela volta das apresentações

Fechados desde março por causa da pandemia, os circos tentam se reinventar ou apenas resistir durante os meses mais difíceis de suas longas trajetórias. Em meio à tormenta provocada pelo coronavírus, parte das lonas já foi baixada e mesmo quem mantém a esperança de botar novamente o sorriso no rosto das famílias sabe que a realidade a ser enfrentada daqui para frente é duríssima.

Desde o início da pandemia, o Circo Mariano se instalou em Reduto, sem poder realizar apresentações por conta das restrições sanitárias. Nossa reportagem conversou com o artista circense Walace Figueiredo Mariano, que falou pra gente sobre como a pandemia afetou o dia-a-dia de quem como ele vive da arte. “Ficou bem difícil. A gente vive do circo. Tudo que fazemos é por conta do circo e, quando parou, ficamos sem saber o que fazer da vida. Nós somos artistas. Estávamos em Vieiras, próximo a Muriaé. quando começou a pandemia. Ficamos um tempo parado e tivemos a ideia de trazer o circo para Reduto, onde encostamos os carros e começamos a trabalhar com aplicativo. Mesmo com o circo parado as contas chegam, tem prestação de carros, contas e não achamos que demoraria tanto pra voltar.”, conta.

Segundo Walace, a expectativa é de voltar em janeiro do ano que vem. “Bate saudade demais. A expectativa é a melhor possível e, se Deus quiser, quando voltarmos, vai ser muito bom. Nosso jeito de tocar o circo é uma semana em cada cidade. A cada semana vocês conhece novas pessoas e em cada lugar é uma reação diferente. Não falta muito não, falta pouco, a expectativa é muito boa”, completa Walace.

João Vitor Nunes

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