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Cesta básica já toma quase 60% do salário mínimo, pior proporção em 15 anos

Custo de vida aumenta com inflação de itens importantes como alimentos, gás e combustível. Só a cesta básica teve maior alta em dez anos

A inflação dos alimentos vem sendo sentida pelo consumidor nos últimos meses, especialmente nos gastos com supermercado, que cresceram vertiginosamente. Em 2020, foi registrada uma alta de 14,09% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ramo de Bebidas e Alimentos.

O governo, conforme manda a Constituição Federal, aumentou o salário mínimo em 2021 para repor o aumento da inflação ao longo do ano anterior. O piso salarial do país subiu 5,26%, de R$ 1.045 em 2020 para R$ 1.100 a partir deste ano, para uma inflação que, divulgada depois, foi de 5,45% em 2020, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Além de a correção ter ficado alguns decimais abaixo da inflação geral, o salário mínimo de 2021 começou o ano com um problema adicional: a disparada nos preços dos alimentos, que pesam especialmente mais no orçamento das famílias mais pobres. O aumento deles foi muito maior do que o da inflação média e, portanto, muito maior também que o do salário mínimo. 

Considerando os alimentos no supermercado, de acordo com o IBGE, a alta foi de 19%, uma das maiores variações das últimas décadas. O preço médio da cesta básica, em algumas capitais, passou dos R$ 600 pela primeira vez, de acordo com acompanhamento feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Para fazer as despesas com alimentação caberem no orçamento, a solução está em driblar a inflação com as promoções, compras em atacado e a substituição das marcas tradicionais por outras mais baratas.

Com informações de CNN Brasil

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