Os Agentes de Endemias, principais combatentes ao mosquito Aedes aegypti, tiveram a rotina de trabalho alterada no ano de 2020, por conta da pandemia do coronavírus. Os agentes não estão adentrando as casas para eliminar os possíveis focos de criadouro do mosquito, a verificação é feita apenas nos lados externos.
Do lado de dentro, a responsabilidade de eliminar os focos é por conta do morador, que recebe as orientações do agente, e é aí que o mosquito da dengue tem ganhado espaço. O último LIRAa, de janeiro de 2021, registrou infestação recorde em Manhuaçu, de 9,4%. Os agentes relatam que mesmo antes da pandemia, já havia resistência nos seus trabalhos, e que as restrições complicaram o combate.
É como conta Carlos Fernando Diniz, agente de endemias há 10 anos aqui na cidade: “Nós sempre enfrentamos resistência para entrar nas casas, muitos colegas enfrentam essa dificuldade. Por causa da pandemia, o trabalho dificultou pois estamos trabalhando com a orientação. Nós, como já sabemos como identificar os focos, vamos direto nos possíveis criadouros”, relata o agente. Outro agente de endemias, Augusto César Amado Rocha, também relata a dificuldade nesse momento, “em alguns lugares a dificuldade do trabalho é maior, até por medo de contaminação pelo coronavírus, mas temos buscado fazer o nosso melhor para atender a população no combate ao Aedes”.
Os agentes reforçam que nesse momento é muito importante a população ouvir as orientações e atuar no combate, para impedir uma possível epidemia das doenças relacionadas ao mosquito nesse momento. “Eu gostaria de pedir pra população que nos ajude, tire 10 minutos por semana, dê uma volta em todos os lugares da sua casa e verifique locais que possam ter água parada, é dever nosso combater o vírus”, reforça Carlos Fernando.
Secretaria Municipal de Comunicação da Prefeitura de Manhuaçu