O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta segunda-feira (21) o Painel Covid-19 Síntese por Município. Com a plataforma, que está disponível na internet, é possível acessar mapas interativos, selecionar uma localidade de interesse e visualizar, em um único ambiente, 24 indicadores para o planejamento de ações de apoio contra a pandemia para todos os 5.570 municípios do país.
O painel integra informações de pesquisas do IBGE, do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do Ministério da Saúde e do projeto Brasil.io da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/Brasil.IO). Os dados, que podem ser baixados, estão separados em três categorias: população vulnerável (2010 e 2019), capacidade de resposta do sistema de saúde (2019) e acompanhamento da pandemia (2020).
O chefe da Agência do IBGE em Manhuaçu, Rafael Moreira, fala da importância dessa plataforma. “A maior importância disso é a transparência do nosso trabalho. A gente quer, não apenas coletar a informação, mas que as pessoas saibam qual é a real situação da nossa região”, pontua.
A coleta desses dados é feita pela Pnad Covid, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, que teve início em 4 de maio de 2020, com entrevistas realizadas por telefone em, aproximadamente, 48 mil domicílios por semana, totalizando quase 200 mil domicílios por mês, em todo o Território Nacional. A amostra é fixa, ou seja, os domicílios entrevistados no primeiro mês de coleta de dados permanecerão na amostra nos meses subsequentes, até o fim da pesquisa. “As pesquisas são feitas basicamente por telefone por funcionários do IBGE, temos uma equipe exclusivamente por conta dessa pesquisa. Há quatro meses é realizada essa pesquisa, que é para retratar a situação e o impacto econômico e social dessa pandemia na nossa região e no país como um todo. As pessoas selecionadas a responder o questionário da Pnad Covid falam sobre como está a situação de salário, de emprego, a situação da saúde, se está tendo atendimento médico, caso alguma pessoa do domicílio precisou, se ela foi atendida, como foi atendida, se teve perda de emprego, de salário ou de renda naquela família, se recebe auxílio emergencial do governo, isso tudo a pesquisa tenta mostrar”, conta Rafael.
O questionário se divide em duas partes, sendo uma direcionada a questões de saúde, especificamente sobre sintomas associados à síndrome gripal e outra, a questões de trabalho. Nas questões de saúde, investiga-se a ocorrência de alguns dos principais sintomas da COVID19 no período de referência da pesquisa, considerando-se todos os moradores do domicílio. Para aqueles que apresentaram algum sintoma, perguntam-se quais as providências tomadas para alivio dos sintomas; se buscaram por atendimento médico devido a esses sintomas; e o tipo de estabelecimento de saúde procurado. Nas questões de trabalho, busca-se classificar a população em idade de trabalhar nas seguintes categorias: ocupados, desocupados e pessoas fora da força de trabalho. Investiga-se, ainda, os seguintes aspectos: ocupação e atividade; afastamento do trabalho e o motivo do afastamento; exercício de trabalho remoto; busca por trabalho; motivo por não ter procurado trabalho; horas semanais efetivamente e habitualmente trabalhadas; assim como o rendimento efetivo e habitual do trabalho.
A plataforma está disponível no site covid19.ibge.gov.br
João Vitor Nunes