O programa Minas Consciente passou por mudanças nas últimas semanas em todo o Estado. Atualmente Manhuaçu encontra-se nesse momento entre duas ondas distintas: amarela, pela macrorregião Leste do Sul, e vermelha, pela microrregião de Manhuaçu.
O município optou pela amarela e com isso a flexibilização de alguns setores. No entanto, mesmo com o Hospital César Leite recebendo mais leitos para COVID, a direção emitiu comunicado demonstrando preocupação por conta da ocupação total dos leitos disponíveis.
Em entrevista exclusiva a Rádio Manhuaçu e Jornal Tribuna do Leste, o governador Romeu Zema diz que a possibilidade de opção entre macro e microrregião é importante que seja feita com cautela pelo município. “Nós temos investido muito na ampliação do sistema de saúde. A macrorregião Leste do Sul foi uma das contempladas, nós mais do que dobramos a quantidade de leitos de UTI, saímos de 59 para 122 leitos. Essa questão da microrregião poder optar pelo dado da macrorregião é um aprimoramento do Minas Consciente. Se dentro de uma macrorregião que está segura, uma microrregião não está tão segura assim, ela tem essa opção de ficar na onda vermelha ou avançar para a onda amarela do programa. Isso significa que ela está em observação, mas tem um colchão de segurança no seu entorno, porque qualquer stress maior no sistema de saúde, a macrorregião ainda consegue absorver vários pacientes. Quero salientar que não é uma situação confortável, é uma situação que precisa reverter, caso contrário essa microrregião pode estar nas próximas semanas fazendo com que a macrorregião tenha seu índice deteriorado e tenha que voltar para a onda vermelha”, explica o governador.
Romeu Zema ainda reforçou que é necessária a colaboração de todos. “Continuamos enviando mais respiradores para todas as regiões de Minas e precisamos contar com a colaboração de todos, porque é através das medidas de distanciamento, utilização de máscaras, medidas de higienização é que nós vamos deter a transmissão do vírus.
Minas Consciente
O governador Romeu Zema (Novo) anunciou, no dia 29 de julho, a segunda fase do programa Minas Consciente, responsável por nortear a flexibilização das medidas restritivas, tomadas em virtude do novo coronavírus, nos municípios do estado. O plano tem três fases. As atividades estão divididas conforme o grau de essencialidade e o potencial risco de contaminação.
Na fase vermelha — a mais aguda —, podem funcionar apenas serviços essenciais, como supermercados, bancos, padarias, fábricas e hotéis. Bares e restaurantes podem funcionar por meio do sistema de entregas.
O nível intermediário, amarelo, libera atividades tidas como não essenciais, mas com baixa possibilidade de disseminação do vírus. Autoescolas, floriculturas, salões de beleza e livrarias. Aqui, bares e restaurantes estão autorizados a abrir as portas, desde que cumpridas as medidas sanitárias e de distanciamento.
Na onda verde, a mais ampla, academias de ginástica e shows musicais podem ser retomados. Clubes, teatros e cinemas também compõem a lista.
Situação
Nesta semana, o Diretor Técnico do Hospital César Leite, Dr. Luís Cláudio Mendes Valle, informou que o Hospital César Leite atingiu o seu limite de atendimento na UTI para o novo coronavírus.
Foram ampliadas as vagas para 30 leitos de UTI, mas na quarta-feira, 12, pela manhã foi admitido o paciente 29 e solicitada a vaga para o trigésimo.
Com a ocupação total da UTI, aqueles que precisarem de leitos de UTI serão encaminhados para outras localidades.
João Vitor Nunes e Danilo Alves