Em virtude da necessidade de isolamento social, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, se adequou para que todos os funcionários possam realizar seus trabalhos remotamente, por isso, todas as pesquisas do instituto estão sendo realizadas por telefone.
Desde que suspendeu as entrevistas presenciais em meados de março, o Instituto enfrenta dificuldades para realizar sua pesquisa domiciliar de emprego e renda por telefone, hoje a única fonte estatística abrangente para acompanhar o mercado de trabalho do país.
O IBGE está solicitando a compreensão por parte da população para atender às ligações dos seus pesquisadores, para que o instituto possa dar continuidade à realização de várias pesquisas importantes para o país.
“Buscando preservar a saúde tanto dos servidores do IBGE, quanto da população, que tão bem recebe e responde ao IBGE, nossas pesquisas deixaram de ser presenciais. Aquelas pesquisas que o IBGE vai à casa das pessoas como fazemos em toda a nossa região diariamente estão suspensas na forma presencial e estão sendo feitas por telefone. O Instituto tem um cadastro telefônico de diversas pessoas, onde a gente busca encontrar os moradores dentro deste cadastro e nossos entrevistadores estão ligando para aqueles domicílios que respondem as nossas pesquisas”, explica o chefe da agência de Manhuaçu, Rafael Moreira.
Um dos pontos que mais atrapalha a realização dessas pesquisas é a desconfiança e a cautela dos entrevistados. “A pesquisa presencial é mais fácil de ser feita por conta do contato visual, você está vendo o entrevistado, o pesquisador está identificado com o crachá, com o equipamento de coleta. Por telefone não tenha essa possibilidade, então pro IBGE está sendo mais difícil realizar as entrevistas”, ressalta.
Uma das mais afetadas pela mudança do estilo de coleta é a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio Contínua – PNADC, que realiza um detalhado retrato do mercado de trabalho brasileiro. As informações produzidas por essa pesquisa são de fundamental importância para o país, estados e capitais nesse momento da pandemia, pois elas mostrarão o impacto do COVID-19 no mercado de trabalho e na economia. “A principal importância das pesquisas domiciliares é retratar a realidade econômica do país, principalmente a questão do trabalho. Durante a pandemia muito se diz sobre o aumento do desemprego e a queda na renda do trabalhador, e quem vai mostrar esse número é o IBGE através dessas pesquisas”, explica Rafael.
Continua sendo essencial a confirmação da identidade do entrevistador antes do fornecimento de qualquer informação. “Assim que a pessoa recebe a ligação do IBGE ela precisa buscar comprovar a identidade daquele entrevistador do instituto. Mas que fique claro que o IBGE não pede nenhum documento, não pede CPF, identidade, não pede nenhuma informação bancária, conta, banco e não vai cobrar nenhum valor. Dito isso, a forma que a população tem de confirmar a identidade do entrevistador é pelo site respondendo.ibge.gov.br. As informações que o IBGE pede do morador, através do questionário, são da casa, quantos cômodos, se tem televisão, coisas simples, vai pedir o nome dos moradores e data de nascimento e vai perguntar sobre o trabalho, onde trabalha, quantas horas. No geral, a pesquisa não demora nem 10 minutos”, explica.
Para mais informações pode ser feito o contato pelo telefone 0800 721 8181 ou em contato direto com o chefe da agência de Manhuaçu pelo email rafael.souza@ibge.gov.br.
João Vitor Nunes