O Presídio de Carangola passa por obras de ampliação e melhorias, com previsão de término até maio deste ano. Aproximadamente 20 detentos da própria unidade trabalham, há cerca de dois anos, na construção de celas, muralha, passarela, pátio e salas operacionais e administrativas. A execução não onerou o Estado, pois a mão de obra é integralmente carcerária e os recursos utilizados foram obtidos por meio de verbas pecuniárias.
A partir das edificações, a capacidade do presídio crescerá 40%, com a criação de 24 novas vagas. Atualmente, elas somam 60. Outra preocupação da diretoria é com a segurança no espaço: um paredão que vem sendo construído impedirá o acesso dos pavilhões ao pátio. Além disso, todo o prédio está se adequando às normas de acessibilidade, recebendo estruturas como rampas para cadeirantes.
A reforma teve início em 2018, quando foi levantado o pátio para banho de sol. Em seguida, foram entregues portaria, almoxarifado, área de inspetoria, local para vistoria de alimentos e dois ambientes destinados à revista de visitantes, sendo um feminino e um masculino. No momento, estão sendo implantadas quatro celas e uma passarela que liga dois muros.
Ocupação
Para os internos empregados, a principal vantagem é receber remição de pena em troca do trabalho. A diretora-geral do presídio, Ellen Leal, destaca a importância de mantê-los ocupados. “São vários os benefícios. Há um impacto positivo na disciplina de todos os detentos, que ficam interessados em receber a mesma oportunidade. Também gera economia para o Estado, uma vez que a maior despesa da construção civil está no pagamento dos operários”, afirma.
Na unidade, existem ainda presos que atuam, internamente, na faxina e na distribuição de alimentos; e externamente, oferecendo serviços a parceiros como a Prefeitura de Carangola e a Ordem dos Advogados do Brasil ou a empresas, por meio de cartas de emprego. Eles desempenham funções como limpeza e capina de áreas públicas e regiões próximas a rios, auxiliando no combate à dengue e em serviços gerais e administrativos.
Agência Minas