DestaquePe. José Raimundo (Mundinho)Reflexão

Reflexão: Inseguranças

Crise da água
Desde o início do ano, que a água distribuída pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) tem chegado aos consumidores com coloração turva, mau cheiro e gosto de terra. A Cedae alegou que a alteração na água foi provocada pela proliferação de uma enzima chamada geosmina, que é produzida por algas. A companhia afirmou que a substância não colocaria em risco a saúde da população. Muitos moradores, no entanto, dizem que passaram mal, mas não houve confirmação da relação com a água.

Foi constatado que os principais mananciais que fornecem água para a Estação do Guandu, tem problema do aumento da poluição e com isso a qualidade da água comprometida. É visível a degradação da bacia, com entrada de esgoto, muita matéria orgânica, ocupação das faixas marginais, desmatamento. A água vai passando pelas cidades e contraem manchas de poluição antes de entrarem no rio. Em Barra do Piraí, o Rio Paraíba do Sul, de onde vem 90% da água do Rio Guandu, a aparência é barrenta.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que a ocupação do solo e a gestão do esgotamento sanitário é de competência dos municípios. No Rio Guandu, a água represada antes do tratamento não possui condições melhores. Há sinais de esgoto e lixo lançados na água. O Rio Ipiranga, que é um dos que deságuam na lagoa do Rio Guandu, também tem uma coloração que indica problemas.
que indica problemas.

A água bruta é transformada em água potável. Se a água bruta está cada vez mais poluída, vai chegar em um ponto que não se conseguirá atingir o tratamento, disse um especialista.

Crise da cerveja
Em Minas Gerais, mais especificamente em Belo Horizonte, no bairro Buritis, constatou-se casos de intoxicação grave mediante o consumo de determinada marca de cerveja fabricada na grande Belo Horizonte.

Até o momento, já são constatadas, pela força-tarefa da polícia que investiga, 19 notificações de pessoas contaminadas após consumir determinada cerveja (a “Belorizontina”); quatro morreram. Os sintomas da intoxicação incluem náusea, vômito e dor abdominal, que evoluem para insuficiência renal e alterações neurológicas.

O Ministério da Agricultura identificou 32 lotes de cerveja da Backer contaminados com dietilenoglicol, um anticongelante tóxico. A Backer nega usar o dietilenoglicol na fabricação da cerveja. A cervejaria foi interditada, precisou fazer recall e interromper as vendas de todos os lotes produzidos desde outubro.
A diretora da cervejaria disse que não sabe o que está acontecendo e pediu que clientes não consumam a cerveja. À Justiça, a Backer apresentou um vídeo com suposto indício de sabotagem.

Transparência e cuidado
No ponto final da cadeia produtiva, os consumidores não têm segurança ao ingerir líquidos, natural ou industrializados, alimentos ou medicamentos. Padecem de informações e são, terrivelmente desrespeitados, ludibriados e enganados pelos responsáveis (irresponsáveis), arriscando a vida na confiança de que estão comprando produtos de boa qualidade e saudáveis. Pagam caro pelos mesmos e mais caro ainda pelas consequências danosas da enganação e da irresponsabilidade.

O Poder Público, o Estado, os órgãos de fiscalização, as agências nunca podem se omitirem no cuidado e exercício do bem estar e da saúde dos cidadãos.

É urgente a TRANSPARÊNCIA, acompanhada do CUIDADO devido!

Fonte: G1

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