Bairro Catuaí: moradores pedem providências para preservação de mata
Moradores do Bairro Catuaí, em Manhuaçu, realizaram no sábado, 21, mobilização a fim de despertar a comunidade sobre o que consideram uma ameaça e degradação ambiental.
Gerou revolta nos moradores, a atitude de abrirem uma estrada em meio à mata, provocando a queda de algumas árvores. Eles denunciavam também que árvores estão morrendo misteriosamente, outras sendo cortadas e nada sendo feito.
Diante desses fatos, a Associação de Moradores do Bairro Catuaí decidiu pela realização da passeata, para que as autoridades, os órgãos de fiscalização voltem os olhares para a pequena mata (reserva) acima do bairro.
Com cartazes, os moradores e até as crianças demonstraram total preocupação com o que está ocorrendo no meio ambiente. Durante a concentração, que contou com a presença do Conselho das Associações de Moradores de Manhuaçu (COAMMA), Ong Pró Rio Manhuaçu, Faculdade do Futuro e as famílias residentes no bairro, o presidente da Associação de Moradores, João Batista Lacerda disse que já procurou todos os órgãos ambientais existentes no município, pedindo providências. Também está preocupado com a situação, em que árvores estão morrendo de forma misteriosa.
“Nós queremos é que as autoridades, sobretudo as que estão voltadas para as ações ambientais possam agir. Os moradores, a associação não vai descansar enquanto não ver a pequena mata protegida, fora de perigo da devastação. Ela está sobre uma laje de pedra, e por isso precisa ser protegida. O meio ambiente é nosso. A mata acima do nosso bairro é o pulmão da cidade”, considera o presidente da associação.
Para o professor de engenharia ambiental, Roginers Horst, a iniciativa dos moradores é louvável diante do que está acontecendo e o risco iminente que eles denunciam. Ele destaca que quando o assunto é meio ambiente se faz necessária uma reflexão profunda sobre o comportamento do ser humano, que não se preocupa tanto para proteger o bioma. Para o professor, preservar qualquer fragmento de mata é por demais importante.
“Aqui, a mata fica no topo de montanha e, essa particularidade deve ser observada, pois, fica em local de área de preservação permanente. A participação de todos reforça a necessidade de ação das autoridades constituídas, para que a preservação ocorra de forma efetiva”, destaca Roginers Horst.
Eduardo Satil – Tribuna do Leste