Recuperação e vigor nos cafezais. Esses são os primeiros resultados sentidos por produtores de Manhuaçu e Simonésia após fazerem a poda por esqueletamento nas lavouras. A sugestão de utilizar essa técnica surgiu dentro do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), oferecido pelo Sistema Faemg/Senar Minas.
Ao longo das visitas mensais às propriedades e observação constante das lavouras, o técnico Jorge Araújo Santos observou que esta técnica de poda seria uma boa opção para os produtores, tanto na relação com a produtividade quanto na redução de custos e melhoria da colheita.
“As lavouras passaram por uma alta produção em 2018, sem condições de produzirem para 2019. A orientação foi que eles utilizassem este tipo de poda para uma rápida recuperação das lavouras e diminuição dos gastos com as mesmas. Assim, eles estariam diminuindo o seu custo de produção para a próxima safra, um fator importantíssimo dentro do processo gerencial da propriedade”, explicou.
O resultado expressivo nas duas propriedades se deve também ao trabalho dos cafeicultores das duas propriedades, que seguiram corretamente as orientações e executaram a poda com muito zelo. “As lavouras se recuperaram muito bem com um rebrote espetacular que surpreendeu as nossas expectativas. Diante dessa recuperação, estamos esperando uma produção alta para 2020”.
Lavoura mais vigorosa
“A poda foi feita em julho de 2018. A gente não esperava que o resultado seria tão bom. A lavoura teve uma resposta surpreendente: brotou e encorpou muito”. Esse é o relato do cafeicultor Eric Cristian Rodrigues Gomes, que, junto com o irmão Frank, são assistidos pelo ATeG Café em Simonésia.
A família sempre trabalhou com cafeicultura. Com 39 anos, Eric se lembra de ir para a lavoura com os pais desde os 14. Hoje, 30 dos 50 hectares da Fazenda Centenária são dedicados ao café.
“Nós somos sete irmãos e todos trabalhamos unidos com os nossos pais. Estamos iniciando a produção de cafés especiais com o ATeG. Pretendemos plantar outras variedades buscando qualidade e produtividade. O programa é excelente, ele nos dá clareza na cafeicultura”, destacou.
Os benefícios do programa também são sentidos pelo produtor Geraldo Alves Barbosa, do Sítio Boa Vista, em Manhuaçu. Ele está na cafeicultura desde cedo e, atualmente, com o auxílio do programa, busca melhorar a qualidade do café.
“O acompanhamento técnico é muito importante, ajuda muito. A poda foi em 2018 e já deu um resultado muito bom que eu não esperava. Desenvolveu bem”, contou.
Esqueletamento
A poda por esqueletamento, segundo o técnico Jorge Araújo Santos, tem como vantagens a abertura de lavouras fechadas, recuperação da saia de lavouras sombreadas, recuperação de lavouras depauperadas ou atingidas por intempéries naturais, reequilíbrio entre a parte aérea e o sistema radicular, redução da altura da planta com melhoria na colheita, escalonamento de colheita, racionalização de custos e aumento e renovação dos ramos produtivos.
“O primeiro ano do corte é considerado como safra zero, ou seja, não há produção, apenas o rebrote da planta e aumento dos ramos produtivos. No final desse primeiro ano de recuperação e brotação, ocorre a florada para a produção a partir do segundo ano”, explicou.
Assessoria de Comunicação – Regional Viçosa