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Câmara de cafés especiais discute próximo passo para mobilização

Os produtores de café da região estão aguardando o avanço das negociações em Brasília, com a Frente Parlamentar do Café junto a ministra da agricultura, Tereza Cristina para discutir a difícil situação enfrentada pelos cafeicultores em todo o Brasil.

Eles reclamam quanto ao preço do produto, qualidade inferior devido as condições climáticas e a baixa produção. Outra reivindicação se refere a prorrogação das dívidas dos produtores, que tiveram perdas devido ao clima.

Essa situação levou as lideranças na última quinta-feira, 22, discutir ideias em busca de novos caminhos. Inicialmente, a intenção do grupo era o de mobilizar toda a região do Caparaó, Espírito Santo e todos os municípios adjacentes, para paralisação no entroncamento das BRs 116 e 262, em Realeza. O grupo estava articulando para o próximo sábado, 31.

De acordo com o presidente da Câmara de Cafés Especiais, Admar Soares, a reunião da bancada de Minas Gerais e Espírito com a ministra, reascendeu a esperança dos produtores na renegociação e prorrogação das dívidas por mais dois anos junto às instituições financeiras. “Vamos aguardar uma resposta mais concisa, para que haja a sensibilidade das instituições, governo para a classe”, relata Admar Soares.

O presidente do Sindicato Rural de Manhuaçu, Antônio Teodoro Dutra, diz que os produtores estão reclamando do preço do café abaixo do custo. Ele avalia que somente essa conversação com os bancos, não será suficiente para atender a situação dos produtores. “Seguindo orientação da FAEMG, para suspendermos a manifestação marcada para o dia 31, uma vez que está havendo a conversação para mudar esse cenário. Queremos a prorrogação da dívida por mais 05 anos. Não conseguindo nada em Brasília, mobilizaremos a região para mostrarmos nossa força”, disse Teodoro.

A mesma situação é vivida pelos produtores do município de São João do Manhuaçu, Felipe Alves da Silva, diz que os pequenos produtores estão com a corda no pescoço, sem saber onde recorre. Ele conta que a prorrogação será uma alternativa, pois a crise que está atingindo a cafeicultura é percebida, através do forte reflexo negativo no comércio de toda a região.

Eduardo Satil

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