SAMAL acaba com bota-fora, mas moradores esperam por lixeira mais eficiente
No dia 29 de fevereiro a reportagem do Tribuna do Leste atendeu a um chamado de moradores do Córrego São Sebastião que queriam denunciar um bota-fora que estava sendo criado na entrada da comunidade. Além do lixo acumulado no local, pudemos constatar que o local também vinha servindo de depósito de entulho com restos de construção, carcaças de equipamentos eletrônicos e até descarte de farmácia. Na oportunidade conversamos com moradores da região, que nos disseram que o SAMAL fez algumas tentativas de adaptar lixeiras no local, mas sem sucesso.
Muitos dos equipamentos de coleta adaptados anteriormente foram avariados por animais ou mesmo roubados durante a noite. Na oportunidade, o morador Wanderley Miranda deu uma sugestão. “O ideal seria mesmo a caçamba, porque assim ficaria difícil de ser removida. O SAMAL já tentou algumas soluções, porém não deu certo. É necessário que parem de jogar entulho no local, mas também é importante que a comunidade tenha o lugar adequado para depositar seu lixo e que facilite o recolhimento pela autarquia”, disse o morador.
Também na ocasião da visita da nossa reportagem à comunidade, levamos os questionamentos dos moradores ao diretor do SAMAL, responsável pela autarquia que promove a coleta de lixo na cidade e zona rural. Por meio de assessoria, Romilson Barrozo nos informou que só nos últimos seis meses foram colocados seis barris novos na comunidade e que a autarquia estaria iniciando um processo de licitação para a compra de novos comportes de lixo e que o Córrego São Sebastião seria atendido com essa lixeira fixa e bem protegida.
Vinte dias depois nossa reportagem retornou à entrada do Córrego Manhuaçu e constatou que o local estava totalmente limpo, bem diferente do cenário registrado no início de fevereiro. “Na manhã do último sábado, dia, 16, fizemos a limpeza e retiramos cinco caminhões lotados de entulho. Também destinamos um funcionário exclusivamente para limpar o barranco que também servia de descarte e dali o lixo descia para o Rio Manhuaçu” – informou o diretor do SAMAL.
O que permanece no local é o antigo tambor, insuficiente para receber toda o lixo da comunidade e sujeito a ser revirado por animais e mesmo ser levado novamente. O SAMAL pensou em uma solução para substituí-lo. “Infelizmente não conseguimos abrir o processo de licitação para aquisição de novas caçambas ainda, mas já temos um recurso para resolver o problema do Córrego São Sebastião. Vamos colocar ali uma lixeira de placa, que é uma lixeira maior e permite ser instalada uma pequena porta, por onde os garis vão ter acesso para efetuar a coleta, e com proteção para evitar a invasão de animais como cães e cavalos.
Pretendemos instalar o equipamento nos próximos dias em caráter experimental e acreditamos que possa dar certo para adotarmos o mesmo procedimento em outras comunidades da zona rural” – projetou Romilson Barrozo.
Pediu também a cooperação das pessoas. “Fizemos a limpeza no local e 90% dos dejetos que retiramos são restos de construção. Pelo que os moradores nos informaram tem gente descarregando esse entulho no período da noite para evitar ser visto. Aquele não é o local adequado e essa não é a forma adequada de descarregar esse entulho. Pedimos a colaboração das pessoas porque além de prejudicar os moradores, esse bota-fora tem deixado a entrada da nossa cidade muito feia e, o que é mais grave, descido parte desse material para o nosso rio. Recentemente fizemos um trabalho minucioso de limpeza no interior e nas margens e queremos o apoio da população para manter o Rio Manhuaçu sempre limpo” – finalizou.
O SAMAL não informou o prazo exato para instalação da nova lixeira na entrada do Córrego São Sebastião, mas o modelo que já está sendo confeccionado deve ser utilizado em outras comunidades rurais, especialmente porque ele é montado em um recuo na beira da estrada e dificilmente vai ser utilizado de forma incorreta.
Klayrton de Souza