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Colóquio Julimariano é realizado em Manhumirim

As congregações que compõem a chamada família Julimariana, entre elas a Congregação dos padres e irmãos Sacramentinos de Nossa Senhora, realizaram, na quarta-feira, 09, o Colóquio Julimariano 2019, no Colégio Santa Teresinha em Manhumirim. O evento teve como objetivo dar visibilidade às pesquisas realizadas sobre a vida e obra do Servo de Deus padre Júlio Maria de Lombaerde (1878-1944). A programação contou com a participação de pesquisadores que abordaram, nas mesas principais, assuntos diversos dentro dos eixos temáticos escolhidos para a ocasião: história, mariologia e cruz. Outros participantes fizeram recortes ligados a outros aspectos da missão do Servo de Deus. O evento destinou-se aos interessados em conhecer e aprofundar a reflexão sobre o Pe. Júlio Maria: devotos, lideranças leigas, religiosos (as), seminaristas, acadêmicos e outros.

O Superior Geral da Congregação dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora, Pe. Mundinho, SDN, salienta que a importância do sacerdote se estende até a comunicação, haja vista que o Servo de Deus foi um grande escritor – tendo redigido para jornais nacionais e internacionais, e produzido uma obra literária composta por mais de 100 livros que o credenciaram a ser o maior autor católico lido na década de 1930. “Era um homem com uma visão muito ampla. Segundo Pe. Mundinho os maiores legados do sacerdote englobam o trabalho e dedicação a juventude e a benfeitoria em prol dos pobres, tendo construído o Ginásio Pio XI, o Colégio Santa Teresinha, o Patronato Agrícola Santa Maria, Asilo São Vicente de Paulo e o Hospital São Vicente, hoje chamado Hospital Padre Júlio Maria, conforme os sacramentinos, tudo em favorecimento as pessoas mais necessitadas. “A maior envergadura de padre Júlio Maria de Lombaerde foi a sensibilidade com relação aos mais pobres e na catequese de evangelização. Ele usou dos meios de comunicação para evangelizar e formar os cristãos”, disse.

O postulador da Causa no processo de Beatificação e Canonização, Pe. Heleno, SDN, enfatiza que o Colóquio Julimariano reflete e aprofunda na espiritualidade, no ideal e no carisma do Servo de Deus. Ele acrescenta que o relançamento do Diário Missionário, ocorrido na terça-feira, 08, foi um momento de profunda felicidade, pois revela as primeiras impressões do padre Júlio Maria em relação ao Brasil – sobretudo na região norte. “Esses relatos nos animam a dar prosseguimento a missão e mostram as suas primeiras impressões sobre a realidade social, econômica e cultural de nosso país na época”, explica.

Para a Superiora Geral das Irmãs Cordimarianas, Irmã Maria do Desterro Rocha, o Servo de Deus superou obstáculos e os fez com tanta maestria e alegria. “E para as irmãs Cordimarianas, as irmãs Sacramentinas e os Missionários Sacramentinos é o momento de revisitar a história do padre Júlio Maria para descobrimos o quanto precisamos crescer. Hoje, o sacerdote não é só uma pessoa da Igreja, ele tornou-se um cidadão do mundo, pois a sua vida é motivo de estudos de pessoas espalhadas pelo mundo. Ele abriu perspectivas e o tesouro maior que ele deixou foi a fundação das três congregações”.

Irmã Cacilda Mendes Peixoto, Superiora Geral das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora lembra que neste ano é celebrado os 90 anos de fundação da Congregação das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora. Ela salienta que na noite de 24 de dezembro de 1929, em uma cerimônia simples presidida pelo Fundador, sete jovens iniciaram a vida religiosa na nova Congregação. “Enquanto celebrava-se o nascimento de Jesus Cristo, o padre Júlio Maria começava a dar início ao nosso grupo. E reviver, contar e redescobrir a história do Servo de Deus é um fato sagrado para nós”, elucida.

 Danilo Alves/Klayrton de Souza

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