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Coleta Seletiva: caminhão da ASCAMARE está no ‘estaleiro’

Em setembro de 2016 iniciou-se em Manhuaçu a Coleta Seletiva, com o objetivo de aproveitar materiais recicláveis. Ao mesmo tempo, os integrantes da Associação Manhuaçuense de Catadores e Coletores de Materiais recicláveis (ASCAMARE) aproveitava e realizava o trabalho de conscientização aos moradores, passando instruções sobre como deveria ser feita a separação do lixo úmido, seco, orgânico, resíduos perigosos, papelão e vidro para facilitar o trabalho.

O projeto foi idealizado em parceria com a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, SAMAL, clubes de serviço, ONG Pró Rio Manhuaçu, faculdades, órgãos socioambientais e desenvolvido pela equipe Germinar.

Inicialmente, o projeto foi desenvolvido nos bairros Pinheiro I, Pinheiro II, Pinheiro III, Bom Pastor, Colina, Santo Antônio e Centro. Os moradores e comerciantes rapidamente aderiram ao projeto e passaram auxiliar os catadores, que passavam em dias alternados para levar o lixo, que era devidamente separado. As lixeiras eram definidas por cores, para que os transeuntes pudessem assimilar e colaborar com os coletores.

O trabalho da ASCAMARE chamou a atenção da população manhuaçuense, que abraçou o projeto da Coleta Seletiva, tendo em vista que o aumento da produção de resíduos no centro urbano se intensificou e o lixo passou a refletir a devastação a que é submetido o meio ambiente. Os coletores sempre tiveram o apoio dos moradores dos bairros, que agora sentem a ausência do caminhão coletor. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a implantação da coleta seletiva é obrigação dos municípios e metas referentes à coleta seletiva fazem parte do conteúdo mínimo que deve constar nos planos de gestão integrada de resíduos sólidos dos municípios.

Embora o trabalho da ASCAMARE tenha recebido aprovação da população, há quase um ano, os coletores pararam as atividades nos bairros onde o projeto da Coleta Seletiva foi implantado.

Os coletores seguem trabalhando com a coleta na usina de reciclagem. Os serviços nas ruas foram paralisados, devido o caminhão ter apresentado defeito. A interrupção atingiu a coleta seletiva e a realização de conservação das ruas da cidade e, causou redução no faturamento da ASCAMARE.
No início eram 36 pessoas que trabalhavam na Coleta Seletiva e agora somente 17 estão dando continuidade às atividades, que são desenvolvidas na usina. O valor arrecadado dá somente para quitar a folha de pagamento e adquirir os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), para os coletores.

Segundo o presidente da Associação Manhuaçuense de Catadores e Coletores de Materiais Recicláveis, Fábio Júnior Moreira “Bicão”, o caminhão era a ferramenta principal para as atividades. Há um ano está parado necessitando de mecânica, que fica em torno de R$ 17 mil reais, sendo que, a folha de pagamento dos associados gira em torno desse valor. “O conserto fica caro para a associação. Sem o caminhão, torna-se difícil seguir com a coleta seletiva nos bairros. Mas, vamos estudar uma medida para estarmos retornando o mais rápido possível. Pretendemos adotar um outro sistema e para isso contaremos com a parceria da população manhuaçuense, empresários e comerciantes, para realizarmos a Coleta Seletiva e fortalecer o trabalho da ASCAMARE”, ressalta Fábio Júnior “Bicão”.

Eduardo Satil – Tribuna do Leste

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