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Comunidade do Córrego do Bálsamo encerra a colheita com celebração e festa

Algumas comunidade rurais de Manhuaçu e região encerraram neste mês de setembro a colheita de café da safra 2018 e os resultados na sua maioria foram acima do esperado e mesmo com as previsões do início do ano, apontando queda na produção, o resultado do trabalho de ‘apanha’ nos cafezais ainda em curso ou já encerrado na semana passada se aproxima da estimativa mais recente para 2018 dos técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 30,3 milhões de sacas beneficiadas de 60 quilos. Se confirmada, será desempenho excepcional, que só perde, em 18 anos, para os 30,4 milhões de sacas registrados em 2016.

E para celebrar a fartura dos grãos, como acontece todos os anos, independente do volume da colheita, a comunidade do Córrego do Bálsamo, Barreiro e adjacência realiza a já tradicional Festa da Colheita reunindo as famílias e convidados num momento de agradecimento e comemoração. “Agradecemos a Deus não só pela colheita próspera, mas também pela proteção no nosso dia a dia, visto que muitos perigos nos esperam no meio lavoura, sejam eles os riscos de sermos picados por animais e insetos venenosos e até mesmo no trajeto de casa até o trabalho”, disse Natanael José da Silva, o “Natal”, um dos coordenadores da festa.
Apesar de a festa acontecer apenas num sábado, a sua organização movimenta os moradores das comunidades bem antes disso. “Este ano a festa foi realizada no dia 08 de setembro, mas dias antes já estávamos preparando a parte religiosa com a participação da comunidade do Barreiro na celebração, os moradores já se organizavam para preparar os quitutes, caldos e doces e nos dias que antecedem a festa, nos juntamos para preparar o local que acontece a celebração como a montagem do altar, limpeza do terreiro de café e ornamentação e tudo isso é realizado com a comunidade”, explica.

Partilha

Após a celebração de Ação de Graças acontece o momento de confraternização e partilha. “Cada morador colabora com uma coisa, as mulheres se juntam e vão para a cozinha, os homens se dividem na montagem e em picar os alimentos e até as crianças ajudam de alguma forma e no final, tudo que foi feito ou trazido pela comunidade é distribuído para todos os presentes na festa de forma gratuita, e a cada ano que passa, mais pessoas participam da nossa festa”, conclui Natal.
Os moradores já preparam para a realização da festa do ano que vem. “É sempre assim, acabamos de realizar a festa e nos reunimos para discutir como podemos melhorar a festa do ano que vem, agradecemos e pedimos a Deus para que possamos estar aqui para celebrar mais um ano de boa colheita no próximo ano”, finaliza.

Jailton Pereira

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