Criatividade: oficina do ‘Lixo ao luxo’ descobre talentos no CAPS AD
Olhar para um objeto de maneira diferente, é possível que ele se transforme em algo que chame a atenção ao ser observado. É assim que está acontecendo com alguns objetos, móveis que já estavam sendo dispensados, mas ganhou uma nova forma e está fazendo toda a diferença.
A iniciativa partiu dos oficineiros do CAPS AD, que observaram alguns materiais inservíveis que estavam sendo dispensados, passaram a trabalhar a idéia para desenvolver dentro das oficinas, a recuperação das peças, que vieram de vários locais. A maioria em bom estado de conservação.
A equipe iniciou o trabalho de recuperação realizando o lixamento e, em seguida aplicação de tinta com a participação dos pacientes.
A oficina recebeu o nome do “Lixo ao Luxo”, que trabalha o lado terapêutico do paciente, para que ele possa recuperar os materiais e ocupar a mente.
A recuperação dos materiais com a mão de obra especializada tem o acompanhamento da equipe multidisciplinar, que participa, orienta os pacientes na realização do serviço, que exige paciência, equilíbrio, atenção e habilidade para tudo sair corretamente.
Para o coordenador municipal de saúde mental, Dimitri Xavier Borges, a proposta de trabalhar o projeto didático iniciou-se com o ponto de partida, para que o resultado fosse satisfatório. Na primeira tentativa, os pacientes gostaram da idéia, colocaram a mão na massa juntamente com os oficineiros na soma de experiência.
Os objetos que estavam em desuso ficaram completamente diferentes e, já decoram o ambiente como produto final recuperado.
Dimitri Xavier Borges conta ainda que existia um biombo que estava praticamente descartado no lixo, recebeu uma reforma por parte dos oficineiros e tornou-se um cabideiro. “É uma oficina psicopedagógica para trazermos aos pacientes uma perspectiva, para que possam entender que o dia de amanhã será diferente. A oficina ajuda os pacientes a ocuparem a mente. E a oficina do Lixo ao Luxo é a condição de fazê-los entender, que são iguais e podem ter uma vida normal depois que deixarem o CAPS”, relata Dimitri Xavier Borges.
Eduardo Satil