Ultramaratonista participa de campanha contra o câncer na 2ª Corrida do Café
Não é de hoje que a atleta ipatinguense Marilélia Rocha Ezequiel abraçou a ideia de correr contra o Câncer de Pele. Foi em dezembro que tudo começou, durante a Campanha “Dezembro Laranja”, que tem como objetivo a conscientização contra o câncer de pele. Na época, Mari encarou o primeiro desafio: correu mais de 18 horas até Governador Valadares. Ainda em dezembro, a ultramaratonista correu durante 24 horas em torno da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. Pausas, somente para hidratação e lanches rápidos.
Depois dos primeiros desafios, Mari Ultra, como já ficou conhecida na região do Vale do Aço, não parou de correr. Em fevereiro saiu de Ipatinga e percorreu mais 100 km até Caratinga.
E foi um desafio atrás do outro. Em março, Mari Ultra encarou um circuito de 140 km parando em várias cidades. Saiu de Ipatinga, passou por Nova Era, Itabira e por fim João Monlevade. Por onde passa, a atleta deixa um recado de conscientização. “É muito prazeroso receber o carinho das pessoas. O apoio de todos nesta corrida contra o câncer de pele. Mas, além disso, o melhor é poder ajudar a quem precisa e conscientizar as pessoas sobre a importância de se proteger contra o sol”, disse.
Em abril, quando Ipatinga comemorou 54 anos de emancipação, Marilélia fez 54 voltas de 1.750m no Parque Ipanema. A atleta começou a correr na tarde do dia 28 e só parou no dia 29. O que permitiu um recorde ainda não realizado por nenhum atleta que é de 94,5 km, em uma campanha pontual reunindo amigos no ponto turístico e de lazer da cidade.
Novo Desafio
O próximo desafio da atleta será em Manhuaçu, no próximo fim de semana, quando acontece a 2ª Corrida do Café. Mari Ultra estará realizando nas vésperas do evento uma corrida de aproximadamente 70 quilômetros. “Como forma de divulgar a campanha de prevenção ao câncer de pele, no dia 19 realizando uma corrida no percurso de Manhuaçu a Manhumirim e voltando a Manhuaçu, passando por Martins Soares”, disse a atleta.
Nestes municípios, a atleta acompanhada de amigos estará percorrendo as principais ruas chamando a atenção de moradores para a importância da campanha. “São medidas simples, que podem nos ajudar a prevenir o câncer de pele, como um uso de protetor solar, evitar os horários de maior incidência de raios solares, roupas leves de mangas compridas e mudar hábitos alimentares, coisas que podemos fazer no dia a dia sem sacrifícios” explica Mari.
Em Manhuaçu, Mari Ultra também estará participando da 2ª Corrida do Café. “Estaremos acompanhando a entrega dos kits aos atletas, onde iremos arrecadando as doações de um litro de leite longa vida, que será entregue à uma instituição filantrópica da cidade e no domingo, estarei correndo no evento, não na forma de competir, mas estarei acompanhando os últimos atletas no final do pelotão, dando um incentivo para que todos possamos completar a prova, finaliza.
História
Este ano Marilelia Rocha completa 40 anos de vida esportiva. A atleta iniciou no esporte aos cinco anos de idade na natação, e disputou pela Usipa até os 21 anos. Praticou Triathlon (natação, corrida e ciclismo) durante 8 anos concluindo um IronMan em 1999. Foi destaque nas 10 milhas Garoto, Volta Internacional da Pampulha, Maratonas de Curitiba e Rio de Janeiro, Ultramaratona de Raposos, Ultra Trail 100k Indomitentre e outras. Recentemente participou do Rei e Rainha do Mar, em mar aberto, em Copacabana e para 2018 quer participar de provas internacionais.
Mas, há mais de dois anos, Marilélia tem participado de provas na região do Vale do Aço e em cidades de todo país. Desde Agosto de 2017, a atleta compete ultramaratonas. Mas Mari Ultra queria um pouco mais: dedicar-se a causas onde ela poderia agregar o esporte e beneficiar instituições, e logo pensou em algo pertinente à sua rotina diária que sempre exposta ao sol treina em vários períodos do dia. Com o incentivo de amigos resolveu então correr por esta causa e agora ela percorrerá várias cidades mineiras, para poder futuramente explorar outras cidades e estados.
“Pretendo impactar as pessoas e fazer com que a população se atente para um problema que atinge muitas pessoas por falta da informação. O câncer não tem idade, sexo nem classe social. Está aí no nosso dia a dia. É preciso realizar desafios para que a atenção das pessoas se volte para esta causa e se conscientizem”, pontuou.
