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Síndrome mão-pé-boca já atinge cidades mineiras

Na região, Mutum e Matipó são algumas cidades com surtos

image - CopiaCrescem os casos da síndrome mão-pé-boca, doença que provoca bolhas e feridas nessas três partes do corpo e atinge principalmente crianças menores de 5 anos. Desde janeiro, seis cidades mineiras já enfrentaram surtos, deixando pelo menos 154 doentes. Em 2017, apenas Varginha, no Sul de Minas, teve registros da enfermidade.

Como a notificação não é compulsória, o total de pessoas que contraíram a doença é impreciso. Apenas as ocorrências de surto são comunicadas. Os motivos para o aumento das notificações ainda são avaliados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Especialistas reforçam que o quadro é mais comum nesta época do ano.

Os órgãos de saúde garantem que a situação está sob controle, mas os novos registros reforçam a necessidade de medidas de higiene, uma vez que a síndrome é altamente contagiosa. Se não for tratada, complicações podem surgir, como a meningite. No entanto, esses casos são raros.

“A doença normalmente não leva a complicações, mas não dá para traçar um perfil específico de paciente de risco nesse caso, tudo depende de como cada organismo responde à infecção por este vírus”, disse a pediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai.

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Membro do Comitê da Primeira Infância da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP), Maria Tereza Valadares reforça que o contágio pode ocorrer mesmo após o desaparecimento das lesões. Conforme a médica, os adultos, geralmente, não sentem os sintomas. “A transmissão continua por quatro a seis semanas”, informou.

Onde

São Gonçalo do Rio Abaixo, Catas Altas e Santa Bárbara (na região Central), Mutum (Rio Doce), Matipó (Zona da Mata) e Belo Horizonte são as cidades com surtos de mão-pé-boca neste ano.

A maioria dos casos ocorreu em Santa Bárbara. Lá, 91 pessoas ficaram doentes. A prefeitura da cidade distribuiu panfletos e álcool gel nas instituições de ensino, como a Escola Municipal Iveta Moreira Novais. “Todos os alunos receberam os bilhetes e aqueles que apresentavam sintomas da doença eram orientados a procurar o centro de saúde. Eles ficam afastados por 15 dias”, disse o diretor Renato Lopes Queirós.

Renata Evangelista – Hoje em Dia

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