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Dia Mundial do café: data celebra a bebida mais consumida no mundo

O mundo inteiro comemora neste sábado, 14/04, um de seus produtos preferidos: o café. Conhecido por pingado, média, carioca, curto, expresso, cappuccino, e seguindo formas de preparo ou combinação com outros ingredientes, o café é consumido por nove entre dez brasileiros acima de 15 anos, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café. De acordo com dados do Ministério da Agricultura o país possui um parque cafeeiro com cerca de 2,25 milhões de hectares, contando com mais de 285 mil produtores. Devido à grande extensão territorial do Brasil, tem-se uma grande diversidade de solos e climas ao longo do país. Esse fato possibilita a produção de diversos tipos de café, o que permite atender às diferentes demandas mundiais.

O café é um dos produtos básicos que mais se negociam no mundo todo, sendo produzido em mais de 60 países, proporcionado o sustento para mais de 125 milhões de pessoas e é particularmente importante para os pequenos cafeicultores, que são os responsáveis pela maior parte da produção. De acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), o café é uma bebida universalmente popular: cerca de 600 bilhões de xícaras são consumidas todos os anos.

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e da EMATER-MG, estimam que a previsão de colheita de café para o território nacional é de 58 milhões de sacas, sendo 44, 5 milhões de café arábica; em Minas Gerais – maior produtor de café do país, a previsão é de uma colheita de aproximadamente 30 milhões de sacas. Em relação as Matas de Minas, 6 milhões de sacas. Deste total, um pouco mais da metade (3,1 milhões), são da região que fazem parte da Unidade Regional de Manhuaçu, que é o destaque, produzindo cerca de 448.000 sacas em 18.000 hectares. Em segundo lugar vem Santa Margarida com cerca de 250.000 sacas.

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Colheita

 

Entre todas as etapas que compõem a produção do café, a colheita é responsável por grande parte dos custos. Isto se dá principalmente durante o processo de derriça dos frutos, em que, se concentra a maior demanda de mão de obra. Esta dependência da mão de obra é, na atualidade, um dos principais gargalos do cultivo do café na região, o que se torna mais crítico em regiões montanhosas – como Manhuaçu e região, com dificuldade de mecanização, conforme explica o gerente regional da Emater-MG em Manhuaçu, Rômulo Matozinho de Carvalho. “A colheita não é mecanizada, ela se dá por derriçadeira manual. Todos os fatores culturais demandam muito da mão de obra, e esse é um dos maiores desafios da cafeicultura regional.  E nossos produtores estão de parabéns por desenvolver uma cafeicultura grandiosa em nossa região”.

Os cuidados na colheita e pós-colheita do café interferem na manutenção da qualidade dos frutos, ou seja, é nessas duas etapas que o produtor precisa se atentar às recomendações técnicas para evitar a depreciação do seu produto. Entre as principais recomendações se pode citar: a colheita feita com o máximo possível de frutos em estado cereja; secagem do fruto o quanto antes para evitar fermentação; processamento e armazenamento de forma a preservar as características químicas e físicas dos grãos.

De acordo com Rômulo Matozinho, o momento ideal de colheita ocorre quando há baixa percentagem de frutos verdes, menos que 20% dos frutos. Isto implica que, percentagens maiores são consideradas desfavoráveis à produção de café de qualidade, uma vez que, no caso do café natural (não processado – verdes, verdoengos, maduros e passa), o lote apresentará, no momento da classificação, um grande número de grãos defeituosos que serão deletérios à qualidade do produto. “Ainda que o produtor pratique o processamento do café por meio da lavagem e separação dos frutos, a colheita fora de época adequada acarretará em menor quantidade de frutos maduros. Ou seja, menos frutos com potencial de formar uma bebida de boa qualidade”, complementa.

Os frutos maduros são a matéria-prima do café de qualidade por possuírem desenvolvimento pleno dos grãos, além de maior conteúdo de sólidos solúveis e açúcares. Estas características favorecerão para que, durante o processo de torra dos grãos, ocorram reações físico-químicas necessárias para a obtenção de características desejáveis de aroma, sabor, acidez, corpo e doçura.

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Trabalho junto aos produtores

 

No período de junho a julho, Minas vive o auge da colheita de café nas quatro regiões cafeeiras do estado: Sul de Minas (Alfenas, Guaxupé, entre outras), Matas de Minas (Manhuaçu, Espera Feliz, entre outras), Cerrado Mineiro (Patrocínio, Carmo do Paranaíba, Patos de Minas, entre outras) e Chapada de Minas (Capelinha, Angelândia, entre outras). “Neste momento da colheita dos grãos, praticamente todos os técnicos locais da Emater estão envolvidos na orientação e apoio aos agricultores familiares”, explica o gerente regional da Emater-MG em Manhuaçu, Rômulo Matozinho.

Segundo ele, o trabalho da instituição consiste, por exemplo, na oferta de dicas sobre o ponto de colheita dos frutos nas lavouras, ou informações acerca da colheita do maior número de frutos maduros possíveis, entre outras orientações para utilização e economia de recursos. A procura pela assistência, como observa Rômulo, já acontece naturalmente nos escritórios. “Os técnicos são demandados e trabalham com os agricultores o ano todo. Recebem, inclusive, uma lista de verificação com recomendações prévias sobre os cuidados que se deve ter na colheita”, afirma.

Os interessados em contar com o suporte e orientação para a cafeicultura precisam apenas procurar os escritórios da Emater-MG em seu município. “A Emater está pronta para atender os agricultores, com atenção a variados tipos de demanda”, aponta Matozinho. O trabalho junto ao público também envolve visitas in loco, reuniões com grupos de agricultores familiares, atendimentos individuais nas propriedades, programa de qualidade de café, orientações sobre a cadeia produtiva, crédito rural, entre outros destaques. “Estamos preparados para dar o suporte aos agricultores para auxiliá-los a serem sustentáveis na atividade”, salienta o gerente regional da Emater-MG. Em Manhuaçu o escritório da empresa está localizado na rua Lafayette Vasconcelos Sabido, 31 – Centro. O telefone para contato é (33) 3331-2752.

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Origem do café

 

Originário da Etiópia, suas propriedades estimulantes foram descobertas por um pastor, que observou alterações no comportamento de seu rebanho, depois que os animais ingeriram uma plantinha vermelha. O pastor, então, decidiu provar o alimento e logo ficou encantado com seu sabor e aroma. A partir daí, conquistou os países árabes, sendo contrabandeado para a Europa e trazido para o Brasil, onde se adaptou muito bem, ao clima do país.

Palavra derivada do árabe, “gahwa” (aquilo que impede o sono), era consumida em planta, pelo deserto, envolta em gordura animal. Na Turquia, tomou a forma líquida e veio conquistando todos os paladares, até hoje. Uma das principais ações do café, no organismo humano, é ajudar na diurese. A cafeína excita o sistema nervoso central, age sobre o sistema muscular (principalmente sobre o músculo cardíaco) ajuda no rendimento físico e intelectual, aumentando a concentração. Especialistas já estão encontrando outras formas do uso do café, em diversos segmentos como estética, tratamentos de saúde e na gastronomia.

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BOX:

 

Originário da palavra qawha, cujo significado é “vinho”, o café chegou a Europa no século XIV, conhecido como o “Vinho da Arábia”. No Brasil, o cultivo teve início no século XVIII, mas foi no século posterior que alcançou o status de principal produto da economia do país, mesma época que se deu o início da história da rede de cafeterias Octavio Café.  Confira outras 10 curiosidades sobre o grão, segundo a barista e especialista em qualidade do Octavio Café, Martha Grill:

  1. O café é a segunda bebida mais consumida no mundo, perdendo apenas para a água;
  2. Você sabia que foi na Alta Mogiana, região do nordeste do estado de São Paulo, a primeira região a ser conhecida por produzir cafés de qualidade? A região é tradição por sua variedade e pela qualidade do café;
  3. O Brasil é o maior exportador do grão no mundo;
  4. Trata-se da segunda matéria-prima mais comercializada do mundo. O petróleo é a primeira;
  5. O Octavio Café possui os principais selos de qualidade que avaliam a produção sustentável e foco na responsabilidade social do grão: Rainforest Alliance e Utz Certified;
  6. Você sabia que existem muitas formas de preparar essa bebida?  No Japão ele é servido gelado. Na França, misturado com chicória. No Oriente Médio é servido com cardamomo e especiarias e na África com sal e manteiga. Na Itália pode ter tiras de limão. E no Brasil é o país que mais consome o cafezinho coado e o pingado, que se tornaram paixão nacional;
  7. Baristas são profissionais especializados na preparação dessa bebida;
  8. Na moderna Avenida Faria Lima em São Paulo é onde se encontra a maior cafeteria da América Latina, abastecido majoritariamente por produtos oriundos das seis fazendas cafeeiras em Pedregulho;
  9. Seu cultivo ocorre em países quentes da América, Ásia e África, entre os trópicos de câncer e capricórnio;
  10. Alguns estudos mostram que a bebida atua no sistema nervoso produzindo estado de alerta, auxiliando o coração e ainda diminuindo a chance de adquirir Mal de Alzheimer.

 

 

Danilo Alves

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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