Comerciantes reclamam de furtos e arrombamentos na Feira Livre
A preocupação e revolta têm tomado conta dos feirantes, que semanalmente comercializam seus produtos no espaço da Feira Livre, que funciona anexo do Estádio JK. Eles têm percebido que o local se tornou visado por pessoas que são contumazes na prática de furtos em comércios, residências e locais mais vulneráveis.
Por diversas vezes, as barracas foram invadidas por suspeitos que deixam para trás prejuízo àqueles que lutam dia a dia na pequena propriedade, outros que capricham para vender os produtos no local aos frequentadores. Nos últimos dias, a ação aconteceu mais de uma vez e, os arrombadores demonstraram ousadia. Quebraram o cadeado, serraram a parte mais alta do cômodo onde mercadorias são guardadas, bem como materiais de limpeza utilizados na Feira Livre.
Também levaram as lâmpadas que estavam instaladas sobre as barracas e a extensão de rede. Agora, os feirantes estão trazendo extensão de casa, para não trabalharem no escuro.
Na quinta-feira, 01, o local foi novamente “visitado” e, segundo o funcionário que trabalha aos sábados, eles levaram uma bomba de pulverização, vassouras, bota sete léguas, aproximadamente 20 quilos de sabão em pó e rolos de papel higiênico. “Hoje não tenho como promover a limpeza no espaço da Feira Livre, porque os ladrões levaram até as vassouras. Aqui eles estão fazendo a festa. Ao que parece estão encontrando facilidade para adentrar ao local”, lamenta.
O comerciante João Melo e a esposa trabalham na barraca de salgados e sempre deixavam algumas mercadorias e vasilhames no local. Mas na primeira ação delituosa o prejuízo foi enorme, pois, levaram fardos de refrigerante, vasilhas, mesas e cadeiras que estavam acorrentadas na estrutura da barraca. Ele detalha que eles invadem o local, passando por cima da parede que separa a feira do Estádio. O comerciante relata que está apreensivo e com medo de que na próxima investida levem a geladeira que fica na barraca. “Toda semana, após o expediente temos que levar tudo para casa. Somente a geladeira fica aqui. O que pedimos é apenas mais segurança, para impedir a entrada dos ladrões. O ideal seria colocar cerca elétrica em volta do muro, para impedir a entrada dos invasores”, conta João Melo.
Outra comerciante teve o fogão levado há poucos dias e lamentou a situação, pois, segundo ela o prejuízo foi considerável. Semanalmente, a comercialização é realizada na feira livre e nem sempre o lucro é significativo. Sabedores da fragilidade dos portões e a falta de segurança no local, os feirantes temem que eles voltem a qualquer momento.
Eduardo Satil – Tribuna do Leste