Servidores públicos de Minas vão receber 13º salário dividido em quatro vezes
Antes do anúncio para todas as categorias, funcionários da segurança pública e da saúde já tinham sido informados de que receberiam em duas vezes, situação que está mantida
Os servidores do Governo de Minas que ainda não tinham sido informados da escala de pagamento do 13º salário, o que só ocorreu para a saúde e segurança pública, vão receber o benefício em quatro prestações, divididas igualmente a começar no dia 19 de janeiro e terminar em 19 de abril.
O anúncio foi feito na noite desta quinta-feira pelo secretário de Governo, Odair Cunha, no mesmo momento em que o comunicado foi repassado aos sindicatos que representam os servidores.
O escalonamento nos pagamentos afeta todos os valores de salário e representa um mês além do que o governo esperava. Segundo Odair Cunha, a intenção era encerrar o pagamento do benefício para 600 mil servidores ativos e inativos em março, mas esse objetivo não foi possível em razão do adiamento para o ano que vem da votação do projeto de lei que prevê a securitização da dívida dos estados.
Outro ponto abordado pelo secretário foi a garantia que os salários pagos em dezembro serão quitados com o pagamento da segunda parcela amanhã, 22, e na quinta-feira da semana que vem, 28 de dezembro.
Servidores da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e agentes prisionais, assim como servidores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) e do Hemominas já haviam recebido a escala de pagamento, que será feito em duas vezes, nos dias 26 de dezembro e 19 de janeiro.
Para justificar o adiantamento para essas categorias, Odair Cunha disse que são serviços essenciais, que afetam diretamente a vida da população, e, por isso, o governo optou por contemplar estas classes antes das demais.
A presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, disse que a entidade não concorda com a divisão do pagamento e também não é favorável ao tratamento diferenciado dado pelo governo a diferentes categorias de servidores. Por isso, a instituição entrou com um mandado de segurança coletivo na Justiça e aguarda um posicionamento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
“O 13º salário é um direito dos trabalhadores e não tem relação com a a essência do serviço. Ao fazer essa escala, o governo trata uma auxiliar de serviço da educação, que ganha um salário mínimo, pior do que um coronel da PM que ganha R$ 40 mil. Enquanto a auxiliar de serviço terá seu 13º quitado em 19 de abril, o coronel da PM receberá o benefício em janeiro”, afirma. A entidade avalia a possibilidade de fazer uma manifestação contra a situação do 13º.
Fonte: Estado de Minas