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Dezembro Laranja: campanha alerta para o tumor mais frequente no Brasil

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Com a iminência do verão, a temperatura aumenta, assim como a exposição ao sol. Por isso, o protetor solar deve ser o companheiro de toda hora, e não só na praia. Como forma de chamar a atenção para a importância do cuidado com a pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD ), lançou a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, intitulada Dezembro Laranja. A iniciativa informa a população sobre métodos de prevenção com a adoção de uma série de medidas protetivas e, recomenda procurar um médico especializado para diagnóstico e tratamento.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam a ocorrência de 180 mil novos casos de câncer de pele no país, só em 2017. A doença corresponde à 30% dos casos de câncer, sendo o mais comum no ser humano. A médica dermatologista e titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dra. Carla Almeida, explica que a exposição crônica ao sol sem a proteção adequada é a principal causa das lesões pré-malignas mais encontradas no câncer de pele. “Todo mundo tem que se cuidar, mas os indivíduos de pele clara, cabelos ruivos, olhos azuis, histórico de queimaduras na infância e aqueles que trabalham ou praticam atividades ao ar livre são os mais susceptíveis”, relata a médica

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A dermatologista ainda pontua sobre os sintomas mais frequentes. De acordo com ela, a observação com o corpo pode facilitar o diagnóstico precoce. “Caso seja observado alguma ferida que não quer cicatrizar, pintas em estado de crescimento e com mudança de cor, são indícios que devem ser analisados”, comenta

Apenas os médicos dermatologistas e oncologistas estão capacitados para fazer o diagnóstico, porém algumas características podem ajudar a população a identificar a doença, como lesões que aparecem e persistem ou continuam crescendo no decorrer de semanas a meses, pintas que apresentem mudança de cor ou textura e feridas que não cicatrizam. “No caso do surgimento de lesões como estas, um dermatologista deve ser procurado para esclarecer o diagnóstico”, recomenda a especialista. A melhor maneira para reduzir o risco de desenvolver a doença é reduzir a exposição solar e fazer o uso de protetor solar diariamente, com fator de proteção solar (FPS) 30 ou maior.

A doença

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O câncer de pele é uma proliferação celular anormal e descontrolada que apresenta diferentes variações: carcinoma basocelular (atinge as células da camada mais profunda da epiderme), carcinoma espinocelular (se manifesta nas camadas mais superiores da pele) e melanoma, originária nas células produtoras de melanina. Especialistas alertam que, quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura.

Alguns indícios que merecem atenção e podem ser sintomas da doença são lesões na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente. Outro indicativo é uma pinta preta ou castanha, que muda sua cor ou textura e torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho. Ou ainda uma mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

O câncer de pele é a neoplasia maligna mais comum em todo o mundo e sua incidência tem atingido caráter epidêmico. Pode ser classificado em câncer de pele melanoma (CPM) e em câncer de pele não melanoma (CPNM). O CPM, apesar da elevada mortalidade, representa apenas 4% dos cânceres da pele; e o CPNM, de baixa letalidade, corresponde a 90% dos cânceres de pele e 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil.

A campanha

Segundo a SBD, desde a implantação da campanha, em 1999, foram atendidas mais de 500 mil pessoas em todo o Brasil, com 40 mil casos da doença detectados. Atualmente, a ação nacional assiste a cerca de 30 mil pessoas a cada ano por meio do Exame Preventivo Gratuito contra o câncer da pele.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desenvolve, desde 2014, o movimento Dezembro Laranja, com a promoção de uma série de iniciativas de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, incluindo a importância da fotoproteção para a redução dos riscos. Este ano, pela primeira vez, a campanha continua durante todo o verão, trazendo diferentes ações na internet, ruas, praias e parques.

Com o slogan “Se exponha, mas não se queime”, a campanha pretende conscientizar e educar as pessoas sobre os riscos do câncer da pele decorrentes da exposição excessiva ao sol sem proteção. A recomendação é de que usem equipamentos de proteção individual (EPI): chapéus de abas largas, óculos escuros, roupas de cubram boa parte do corpo e protetores solares com fator mínimo de proteção solar (FPS) 15. A hidratação constante também faz parte dessas medidas fotoprotetoras, sem esquecer de evitar os horários de maior insolação: das 10h às 16h.

Entre as iniciativas previstas, estão a divulgação de peças publicitárias na internet (Facebook, Instagram e site), com concentração durante o mês de dezembro, que alertam sobre a incidência do câncer da pele.

Prevenção

A incidência de raios ultravioleta (UV) nas terras brasileiras durante todo o ano leva à necessidade de um cuidado especial e contínuo com a pele. “Quando alertamos os pacientes para usar protetor solar é, exatamente, para prevenção das doenças causadas pela exposição sem devida proteção. O uso do produto independe da idade ou sexo da pessoa”, explica a dermatologista Dra. Carla Almeida.

Ao observar manchas rosadas, pintas pretas e/ou castanhas e mesmo feridas na pele é preciso procurar logo um especialista. “Elas podem surgir em diversas regiões do corpo, porém, locais mais expostos ao sol têm incidência mais frequente, como orelhas, pescoço, face, couro cabeludo, ombros e costas”, pontua Carla.

 

Danilo Alves – Tribuna do Leste

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