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Impresso há 45 anos, Tribuna do Leste resiste ao tempo e se adapta às novas tecnologias

Atualmente, militando como diretor do jornal, Padre José Raimundo, SDN, carinhosamente chamado de Padre “Mundinho”, avalia que mesmo com a chegada da internet e da imagem, o impresso ainda tem conquistado seu público leitor. Por certo, isso significa que o veículo de comunicação que aposta apenas na versão impressa certamente perde mercado, já que o anunciante (e leitor) transita pela versão online também. Mas, não perde a essência do seu propósito, que sempre abre cada página para que a história seja contada.

Desde sua fundação, em 1972, o Tribuna do Leste pautou por abordar os diversos assuntos com serenidade e imparcialidade, que o fez tornar-se objeto de pesquisa devido ao alto grau de credibilidade. Quem busca anunciar em um jornal não o faz apenas com interesse na plataforma impressa, mas, sobretudo, busca a audiência estendida do seu anúncio na versão digital, lançando a publicação de forma abrangente nas mídias multiplataformas.

Padre Mundinho ressalta que o surgimento do mundo virtual trouxe a divisão de mercado, da tecnologia no segmento e, sobretudo, no que resulta em um completo sistema de gestão, automação e controle da produção editorial. O redator e leitor encontram nessa mesma ferramenta, cada qual com seu perfil, as facilidades e agilidades exigidas no mundo digital.

Ouça a matéria com o diretor de jornalismo do Tribuna do Leste, Pe. Mundinho: 

O mais importante para as empresas jornalísticas, é a possibilidade de não enfrentar dificuldades com seu anunciante, e o leitor por meio de arquivos antes manuais. Padre Mundinho lembra que, em 1972, quando foi fundado o Tribuna do Leste, Padre Júlio Pessoa Franco teve um propósito de editar um periódico que pudesse alavancar toda a região, mostrando sua riqueza e fortalecendo sempre o impresso, que sempre teve uma aceitação muito grande junto a sociedade. Ele cita que o impresso caminha de forma diferente, e quem quer o imediatismo da informação recorre à internet. “No caso do nosso jornal que circula semanalmente, exige que os profissionais estejam atentos, para que as notícias não fiquem velhas”, cita ele. O público jovem também lê jornal, mas muitos preferem o site do Tribuna devido a agilidade, que possibilita o entendimento mais rápido.

A responsabilidade do bom jornalista         

Buscar algo novo é sempre um desafio para o jornal impresso, que tem como concorrente a internet. Para se ter o diferencial, um diretor de jornalismo orienta as abordagens editoriais, definindo orçamentos, contratações e promoções.

No jornal, Padre Mundinho define, juntamente com o editor, os assuntos a serem tratados fazendo a ponte com os detalhes e as abordagens editoriais. Assim, torna-se importante continuar com o mesmo pensamento do seu fundador, que sempre foi exigente por cada reportagem e sua circulação. Os 45 anos representam a história da região. Em breve, será agilizada a digitalização e até a criação de uma biblioteca virtual, para que as pessoas realizem pesquisas sobre as histórias da região. “Poucos jornais sobreviveram a esse tempo. E para nós, somente resta congratular com as pessoas que fizeram e fazem parte desta linda história”, ressalta Padre Mundinho.

Em cada página uma história da região

Fundado em 30 de setembro de 1972, o Jornal Tribuna do Leste é o veículo líder do Grupo Expansão Cultural. São 45 anos voltados à comunidade. Com uma tiragem de três mil exemplares semanais, o Jornal Tribuna do Leste abrange 80 municípios da Vertente Ocidental do Caparaó, e mantém a liderança absoluta em circulação paga na sua área de abrangência.

São muitos anos de trabalho, dedicação, serenidade com o mesmo perfil e forma de abordagem aos diversos assuntos, sempre com a mesma importância para que a sociedade possa estar sempre informada a respeito dos fatos. São 45 anos, mas a sociedade manhuaçuense pode comemorar por ter conquistado, nesse período, um veículo de mídia impressa com os atributos do Tribuna do Leste, em termos de qualidade de informação e independência de opinião.

O projeto do jornal impresso foi idealizado pelo jornalista Padre Júlio Pessoa Franco, que, em 1972, percebeu que a região sentia da falta de um jornal que fosse além dos veículos de comunicação existentes e que pudesse, em médio prazo, cumprir verdadeiramente o papel de colocar a região na vanguarda do desenvolvimento.

Àquela época, a sociedade compreendeu a importância do surgimento do Tribuna do Leste, como alternativa de comunicação social para a cidade e região. Tempo depois, os números mostraram que o jornal correspondeu plenamente a suas expectativas.

Desde o início, o “jornalismo de qualidade” sempre foi comprometido com o leitor, a quem devemos a independência, pluralidade e objetividade com que nos comportamos. Para isso, o Jornal Tribuna do Leste conta com profissionais comprometidos com a verdade.

Padre Júlio: luta pela liberdade de expressão

Desde a fundação do Tribuna do Leste, graças à visão empreendedora, Padre Júlio Pessoa Franco sempre foi dedicado, e na busca de inovar, abrindo espaço para manifestação de diferentes segmentos sociais, que até então não tinham vez e voz na mídia.

Ouça a entrevista com o fundador do jornal Tribuna do Leste, Pe. Júlio Pessoa Franco: 

Padre Júlio conta que tudo era muito difícil, para alavancar o projeto. O sucesso do Tribuna se deve tanto a empresários da época, que patrocinaram em momento ainda incerto da vida do impresso, quanto aos profissionais que se engajaram no projeto. Para o fundador, o resultado foi surpreendente e precisa ser comemorado, pois, hoje o empreendimento é plenamente consolidado, administrado profissionalmente e preparado para crescer mais.

O jornal já nasceu com as características de pioneirismo e atualidade, que têm pontuado sua história até hoje. Disponibiliza informação, cultura, entretenimento e interatividade através de suas páginas, que contam a histórias de toda a região. Segundo o ele, outros surgiram, existiram, mas fecharam rapidamente. Com orgulho, Padre Júlio conta que, em 1972 – o jornalista Sebastião Fernandes lhe apresentou um ofício da Sociedade Maçônica de Manhuaçu propondo ao Fundo Expansão Cultural, a criação de um jornal.

O desafio foi aceito e o semanário surgiu para ter vida longa. Inicialmente foi impresso na Editora O Lutador – Belo Horizonte. Depois em outras editoras, mas, passaram a não entregar no tempo determinado. Em 1984 decidiu fundar a Gráfica Expansão Cultural para rodar o jornal, que expandiu e circulava duas vezes por semana (quinta-feira e no domingo). Para aquele tempo, era uma luta e muitos desafios.

Padre Júlio reconhece que, o pátio gráfico da atualidade não pode ser comparado com o que foi no passado. “Hoje a tecnologia tem ajudado muito a quem trabalha no impresso. No lugar das máquinas antigas e difíceis de serem manuseadas, agora deu lugar ao sistema informatizado, equipamentos eletrônicos. Fotos antigamente eram reveladas em Juiz de Fora e hoje é tudo digital”, relata Padre Júlio Pessoa Franco.

Ao lembrar-se das dificuldades para confeccionar cada página, o fundador faz uma comparação do passado e a visão ampla para o futuro. Padre Júlio sabe que o pioneirismo e as inovações tecnológicas estão perseguindo a qualidade que continua em cada página. Continua o compromisso com os leitores, fornecendo informações das mais diversas áreas para os diferentes setores.

Eduardo Satil – Tribuna do Leste

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