Reflexão: Pessoa com deficiência: direitos, necessidades e realizações
Pe. Mundinho, sdn
Este foi o tema que a Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Fenapaes) escolheu para Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla de 2017, a Semana Nacional do Excepcional (de 21 a 28 de agosto). O intuito é dar continuidade à conscientização da sociedade para o cuidado com as pessoas deficientes: sem discriminação, com respeito, com carinho e com o devido cuidado.
A Deficiência Intelectual caracteriza-se por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo, expresso nas habilidades conceituais, sociais e práticas e tem início antes dos 18 anos de idade. No dia a dia, isso significa que a pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldade para aprender, entender e realizar atividades comuns para as outras pessoas.
As causas: um dos desafios no diagnóstico da Deficiência Intelectual é estabelecer claramente a origem ou identificar a causa da Deficiência. Em cerca de 40% dos casos, não é possível determinar exatamente qual a causa. No entanto, sabe-se que existem fatores de risco que podem levar à Deficiência e estes fatores são multifatoriais, compostos de quatro categorias: biomédicos, sociais, comportamentais e educacionais.
Os fatores podem ser descritos de acordo com o momento de ocorrência, como: pré-natais (durante a gestação), perinatal (no momento do parto) e pós-natais (após o nascimento).
Entre os inúmeros fatores que podem causar a deficiência intelectual, destacam-se alterações cromossômicas e gênicas, desordens do desenvolvimento embrionário ou outros distúrbios estruturais e funcionais que reduzem a capacidade do cérebro.
Sejamos solidários com estas pessoas, nossos irmãos e irmãs, e com as instituições, as Apaes, em todo o Brasil que trabalham incansavelmente com este grupo de pessoas.
Não nascemos prontos, não somos inteiramente independentes a ponto de não precisar de nada ou de ninguém. Necessitamos sim, de acessos e criamos acessos para nossos amigos, colegas de trabalho, familiares e até desconhecidos. Com o deficiente intelectual não é diferente. Ele também merece a amizade, o crédito e o carinho.
A acessibilidade para o deficiente intelectual não se limita aos meios físicos como rampas, elevadores, banheiros adaptados, barras de apoio, etc. Tudo isso é muito importante, mas acessibilidade também significa fazer parte, conviver e, claro, ter acesso. E para uma pessoa com deficiência ter tudo isso, ela precisa de algo essencial: a mudança de atitude.
Por isso acolhamos a intuição de alguém que assim se expressou:
“Tome uma atitude, quebre as barreiras e construa você também a acessibilidade para a pessoa com deficiência intelectual”.
