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Pedra Dourada: reserva é caracterizada pela preservação ambiental há mais de 30 anos

 

A reserva “Pedra Dourada”, localizada em Luisburgo, desempenha importante função ambiental e ecológica, tanto na conservação da água, do solo e da biodiversidade. O local constitui o habitat para inúmeras espécies de fauna e flora que dela dependem e, neste sentido, é essencial na manutenção da vida selvagem. Dentro deste contexto, a conscientização ambiental vem sendo desenvolvida há mais de 30 anos na região, e aos poucos vem recebendo a contribuição necessária para manter a preservação dos remanescentes florestais da região, segundo o presidente da Associação dos Amigos do Meio Ambiente (AMA), Eduardo Bazem.

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O ambientalista, Eduardo Bazem

O território possui uma montanha com mais de 1.810m de altitude, e ao seu redor existe uma diversidade de árvores, flores e animais. É um atrativo ideal também para caminhada ecológica e passeios em meio a exuberante beleza contemplativa. Do alto, é possível avistar toda a região. Por isso, a conservação da biodiversidade é uma responsabilidade da sociedade e o desenvolvimento sustentável apenas poderá ser feito assegurando a preservação do meio ambiente, conforme explica Eduardo Bazem. “É uma região rica em biodiversidade e alvo de estudos científicos realizados por pesquisadores da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), de Carangola e coordenados pelo professor Braz Consenza. A região da Pedra Dourada é muito importante, não só para Luisburgo, como para a região do Caparaó. Ela abriga diversas nascentes que são afluentes do rio Manhuaçu, que é o principal afluente do Rio Doce na sua margem direita. Por isso, a AMA, as fazendas Klem e pesquisadores trabalham para salvaguardar o Rio Manhuaçu e o famigerado Rio Doce, que sofreu um desastre ambiental de proporções inimagináveis em novembro de 2015”, pontua.

No âmbito da educação ambiental, cabe destacar a necessidade de se trabalhar a importância da conscientização com todo e qualquer cidadão, estimulando a valorização e mudanças na percepção e atitude individual e coletiva, em relação ao meio ambiente. Segundo o ambientalista, o grande desafio consiste em se formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora, e, acima de tudo, um ato político voltado para a transformação social, cujo enfoque deve buscar uma perspectiva abrangente de ação, relacionando homem, a natureza e o universo, partindo do princípio de que os recursos naturais se esgotam e o protagonista da degradação é o homem.

Base de campo

A reserva Pedra Dourada também foi contemplada com uma base de campo para pesquisas na mata atlântica e educação ambiental. A estrutura serve para abrigar pesquisadores da fauna e flora, além de pessoas interessadas nas causas ambientais. O feito é uma parceria entre a Associação dos Amigos do Meio Ambiente (AMA), fazendas Klem, e outros associados. De acordo com Eduardo Bazém a estrutura pertence a comunidade, porém com regra de utilização. Eduardo destaca o envolvimento comunitário na iniciativa, tendo em vista que a AMA e seus membros fazem parte de engrenagem diante do contexto ambiental a região. “Nada aconteceria se não houvesse o envolvimento da AMA, fazendas Klein, comunidade e produtores rurais, e administração municipal. É uma iniciativa que busca preservar a flora e a fauna local e despertar na comunidade o sentimento de conscientização perante o meio-ambientes”, finaliza.

Danilo Alves – Tribuna do Leste

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