Academia Manhuaçuense de Letras comemora aniversário de patrono com homenagens
A sessão da Academia Manhuaçuense de Letras realizada na Casa de Cultura, na sexta-feira, 06/06, comemorou os 116 anos de nascimento do escritor José Lins do Rego, patrono da Academia, com homenagens e outorga da Comenda do patrono às personalidades que contribuem para a cultura de Manhuaçu e região. Entre eles, Padre José Raimundo (Pe. Mundinho), pároco da Igreja do Bom Pastor, e tesoureiro da Fundação Expansão Cultural, recebeu a Comenda. Também receberam a Comenda, o colunista do Jornal Tribuna do Leste, José Geraldo Barbosa, o professor e músico Moacir Silva Correa – “O Tiquim” e Fernando César Chequer.
Outro momento marcante da solenidade foi a homenagem prestada a Padre Júlio Pessoa Franco, e aos trabalhos prestados e vida dedicada à Igreja e a comunidade.
Na ocasião também foram lançados dois livros: um pela estudante de Direito Nathália Schetine e outro por Jessé Antônio de Souza, Analista de Educação da Superintendência Regional de Ensino.
Comendas e homenagens
De acordo com Pe. Mundinho, receber a Comenda num dia festivo da Academia é uma grande honra. “Me senti muito honrado por estar recebendo essa Comenda, onde o Pe. Júlio, nosso companheiro, é acadêmico. Só tenho a agradecer e enaltecer todo o trabalho da cultura que é feito nessa Casa e através dessa academia”, diz Pe. Mundinho.
Durante a sessão houve homenagem aos trabalhos realizados por Padre Júlio em Manhuaçu e região, que foi aplaudido de pé por participantes e acadêmicos. Foram relembrados momentos não só do ministério sacerdotal de Pe. Júlio, mas também referente à visão comunicacional ao implementar as Rádios Manhuaçu AM e Nova FM, além do Jornal Tribuna do Leste através da Fundação Expansão Cultural.
“É um homem de visão que tralhou muito. E nós, só temos que agradecer a Deus e a todo o empenho do trabalho do Pe. Júlio. Hoje já não tem aquela pujança da juventude, mas é um homem de visão que prestou um grande serviço a esse município e pra essa região de Minas Gerais”, fala o pároco da Igreja Bom Pastor.
Pe. Mundinho ainda relembra histórias da década de 80, quando chegou a região e foi recebido por Pe. Júlio. “Em 86, quando iniciei o ministério sacerdotal em Manhumirim, assumi também a direção da Rádio Manhumirim. Naquela época, quem foi de fato o grande mestre foi o Pe. Júlio”, relembra.
O padre ainda fala sobre a importância de Pe. Júlio e da radiodifusão no Brasil. “Certa vez nós fomos a um Congresso da ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), lá em Brasília. Ele insistiu muito comigo e eu estava iniciando. E lá foi a minha surpresa: todos aqueles engenheiros, de São Paulo sobretudo, o conheciam e tinham o Pe. Júlio como amigo”, relata. “ É um homem do rádio brasileiro. Com toda a certeza tem um lugar de destaque na história.”, conclui.
O presidente e acadêmico Dr. Luiz Gonzaga Amorim considerou a sessão solene emocionante, e destacou também a importância dos lançamentos dos livros durante o evento. “Hoje nós tivemos aqui quatro convidados, pessoas da nossa sociedade que prestam serviços relevantes à cultura de Manhuaçu, à nossa história, e que merecem receber a medalha José Lins do Rego. Tivemos também o lançamento de dois livros, e esse é o nosso maior objetivo. E o mais importante: dois filhos de Manhuaçu. Uma jovem estudante de Direito, que lança o livro “Eterno Amor”, e um grande professor como Jessé com um livro infantil. Eu saio daqui gratificado”, detalha o presidente analisado as obras lançadas na sessão. “Jessé com experiência falando de criança, e Nathália criança falando de amor adulto. Isso que é o gostoso da literatura, da cultura, essa disparidade de pensamentos, mas que convergem para um objetivo único: que é o amor ao próximo, amizade, e que é sobretudo o respeito mútuo que devemos ter na nossa vida no dia a dia”, narra.
Dr. Luiz Amorim ainda dá destaque a homenagem feita a Pe. Júlio “O Pe. Júlio é nosso confrade há longos anos e nós nutrimos por ele uma admiração muito grande. Por ele nós nutrimos todo o respeito, carinho, e pedimos a Deus, que Ele permita que o Pe. Júlio esteja em nosso meio por muito anos.”, conclui.
Durante a homenagem, também foi lido um currículo de quatro páginas sobre a vida de Pe. Júlio Pessoa Franco, escrito pelo acadêmico Paulo Roberto de Magalhães. “Isso é muito bonito e eu tive a honra e o prazer de escrever um mini currículo, porque para falar sobre o Pe. Júlio, você precisa de pelo menos um livro de 300 ou 400 páginas. Eu em quatro páginas procurei resumir e falar um pouquinho sobre essa pessoa maravilhosa. É uma pessoa de Deus.”, conta o escritor.
Ouça a entrevista com o pároco da Igreja Bom Pastor, Pe. Mundinho:
Ouça a entrevista com o presidente da Academia Manhuaçuense de Letras, Dr. Luiz Amorim:
Tribuna do Leste