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Reflexão: Criança não namora! Nem de brincadeira.

Pe. Mundinho, Sdn

Existem várias fases de evolução com momentos certos e apropriados para se introduzir e estabelecer costumes e princípios que vão nortear a vida do ser humano. Dever-se-á respeitar a fase e etapa de cada um. Alguns hábitos já nascem com a pessoa, outros são adquiridos posteriormente, mediante o crescimento físico, biológico, psíquico. Tudo dentro do seu “tempo” em face do desenvolvimento do ser humano.

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Alguns, por uma série de razões e influências internas e externas, têm um desenvolvimento mais intenso, outros menos, outros mais demorados. Cada pessoa tem o seu ritmo. Os educadores e, sobretudo os pais, devem estar atentos para respeitar a caminhada dos filhos. Muito, para não dizer todo, o processo de formação dos filhos e educandos dependem de como são conduzidos e introduzidos na escola da vida.

Há etapas a serem vividas, com seus aprendizados, iniciação e treinamento, experiências e maturação. É um processo essencial no desenvolvimento individual. A maturação controla o crescimento físico e o tempo de aparecimento de atividades motoras como os reflexos de arranhar, engatinhar e, mais tarde, os impulsos sexuais.

Segundo Piaget (educador e estudioso do comportamento humano) uma pessoa passa por estágios até atingir a fase de maturação, ou seja, o ser humano está sempre em transformação passando por várias experiências assimilando e acomodando cada uma de acordo com suas necessidades. Uma crise psicológica pode desencadear, geralmente, o início ou aceleramento do processo de maturidade.

Na ordem da vivência a dois, ou seja, a vida matrimonial, as pessoas terão que ter certa maturidade, experiência de convivência, ainda que inicial, comportamentos adequados, espírito de compreensão do outro, saber renunciar, admitir o perdão, criar e manter o diálogo e, acima de tudo, saber amar.

Então para isto acontecer exige-se um tempo de maturidade, de preparação, de compreensão de certos aspectos importantes da pessoa, de capacidade e de capacitação, exercício de partilha e de respeito ao outro. Todo este empenho e esforço fundamentado no amor vai além de uma amizade ou de uma simpatia, aprofunda o relacionamento humano.

O tempo de namoro consiste na preparação dos jovens para esta etapa de vida a dois. Devem estar em condições de saber amar, partilhar e se doar um ao outro. Esta etapa vai sendo adquirida ao longo do tempo, com iniciativas, experiências, acertos e desacertos, encontros e momentos que passam juntos para experienciar a vida a dois.

Isto exige certa maturidade! Experiência adquirida da vida. Adiantar o processo, talvez! No entanto, nunca permitir e admitir que ele aconteça antes da hora, da maturidade necessária, da vivência e experiência mais profunda do amor.

A infância não é tempo para isto. Existem outras coisas próprias deste período de desenvolvimento. A criança não tem ainda suficiente maturidade para desenvolver um processo de namoro. Pode-se ter algum ensaio de afetividade ou amor, mas namoro não. Nem de brincadeira, nem porque os pais e outros acham bonitinho e engraçadinho.

“Criança não namora! Nem de brincadeira”

A Secretaria de Estado de Assistência Social do Amazonas (SEAS), lançou no início de abril, esta campanha em parceria com o blog Quartinho da Dany, da professora Danyelle Santos, que desde 2008 escreve sobre proteção à infância e a maternidade consciente.

A partir da percepção de grupos de discussão que tratavam dos riscos que pais e responsáveis corriam, ao expor as crianças aos relacionamentos afetivos que são da fase adulta, que a campanha nasceu. Esse projeto lançado, inicialmente, na internet, sem a intenção de alcançar níveis nacionais, acabou conquistando a atenção do público e se espalhou, “viralizou”, disse Carolina Pinheiro, assessora de comunicação da secretaria.

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