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Atleta de Manhuaçu participará do Campeonato Mineiro de Fisiculturismo

O fisiculturismo tem como objetivo o desenvolvimento dos músculos corporais a partir da hipertrofia, e mesmo com as dificuldades, vem crescendo em Manhuaçu com bons resultados dos atletas do município em competições nacionais e internacionais. Entre os atletas está Agimar Ferreira da Silva, um dos pioneiros na prática da modalidade em Manhuaçu. O atleta, que começou a participar de competições no início dos anos 2000, possui uma vasta experiência em competições de fisiculturismo, entre elas um Mundial disputado em 2015.

As dificuldades que atletas desta modalidade enfrentam são gritantes. A falta de incentivo por parte de instituições governamentais e o desinteresse do empresariado em patrocinar os competidores faz com que muitos desistam de competir em virtude da falta de verba. E o caso de Agimar não se fez diferente.

Entre 2006 e 2013 o fisiculturista abdicou das competições por conta de assuntos particular, mas também da falta de patrocínio para disputar as competições mais importantes da modalidade. A vontade de disputar campeonatos de fisiculturismo só retornou em 2014 com participações em torneios realizados em Belo Horizonte e Manhuaçu.

 Em 2015, após conquistar o segundo lugar nos campeonatos mineiro e brasileiro, Agimar Ferreira ganhou a oportunidade de participar da Copa do Mundo da categoria. Na ocasião foi contemplado com a ajuda financeira da Prefeitura de Manhuaçu para participar do torneiro, obtendo o 11º lugar dentre mais de 50 competidores. Desde então, o atleta vem alternando a participação em outras competições, mas a falta de recursos surge como um entrave para o desenvolvimento de sua carreira, a exemplo do Campeonato Mineiro IFBB 2017, que será realizado em Belo Horizonte no dia 1º de julho, e por isso a atleta pede a colaboração de entidades e empresários locais que se mostrem interessados em ajudar e, ao mesmo tempo, divulgar a sua marca.

Para Agimar, praticar o fisiculturismo no Brasil já é difícil, no interior, a dificuldade é ainda maior. Só que, de acordo com ele, seu interesse pelo esporte é muito maior. Por isso, mesmo sem patrocínio vem conseguindo participar de competições importantes para qualquer atleta.

Em várias ocasiões, para participar de alguma competição ele arca com as despesas sozinhos ou, às vezes, conta com a colaboração de amigos. “O esporte, infelizmente, ainda não é valorizado. Às vezes, as pessoas podem achar que patrocinar o esporte não geraria lucro e mídia para eles, o que na verdade é errado. O esporte é um dos que mais crescem devido à procura das pessoas interessadas em fazer academia e ter um corpo legal, tanto na estética quanto pela saúde. A maioria das pessoas conhecem alguém que faz parte do fisiculturismo”, destaca o atleta, ressaltando que um dos sacrifícios é a dieta que tem de ser mantida duramente. “Temos de fazer de seis a sete refeições por dia de maneira saudável. Por isso, temos acompanhamento de profissionais, como nutricionista. Por isso, temos de abrir mão de muitas coisas”, completa.

Mesmo com as dificuldades, o fisiculturista acredita que o cenário esteja mudando. “As coisas estão mudando, mesmo que seja pouco comparado ao futebol e a outros esportes que possuem mais evidência. A verdade é que o fisiculturismo é desvalorizado aqui no Brasil e valorizado lá fora. A gente brinca que estamos no esporte certo, mas no país errado”, finalizou.

Danilo Alves – Tribuna do Leste 

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