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Reflexão: Maio Amarelo

Pe. Mundinho, sdn

Um dos grandes problemas enfrentados na vida moderna, sobretudo nas cidades e rodovias, está no trânsito. As dificuldades de se locomover de um lugar para outro usando veículos automotivos tem sido um desafio para administradores públicos, os chamado engenheiros de tráfego, Polícia Militar, guardas municipais. Os veículos aumentaram assustadoramente, mas as vias continuaram do mesmo tamanho, o que tem gerado grandes confusões no trânsito levando o cidadão à exaustão do comportamento educado e civilizado para dar lugar à violência, à agressão (física, moral) e ao desrespeito.

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A legislação do trânsito tem se tornada a mais rigorosa possível na tentativa de assegurar os direitos do cidadão. Porém, para além dos direitos de cada um, aparecem os abusos, o descrédito com a lei e, consequentemente, o desastre registrado nos acidentes que levam a óbitos inúmeras vítimas ou as lesionam deixando sequelas para o resto da vida. As estatísticas, no Brasil, são assustadoras: é muito maior o número de mortos no trânsito que as vítimas da guerra em alguns países em conflito armado.

O poder público trabalha, incansavelmente, na colocação de radares de fiscalização, redutores de velocidade e, no entanto, ainda ouvimos reclamações de usuários de veículos protestando as medidas de segurança, acusando como abuso de poder. Querem transitar em alta velocidade. Toda tentativa que contrarie estes objetivos individuais e egoístas são execrados.

Como usar adequada e racionalmente as vias e rodovias onde também se transitam pedestres, sem perder a vida ou ser ferido, porque alguém está com pressa, não tem a paciência devida de esperar um pouco mais?

Como ignorar dor da perda de um ente querido, morto prematuramente, porque um irresponsável se pôs a dirigir o veículo em estado de embriaguez alcoólica?

Como aceitar a prepotência de outros que se julgam no direito de ocupar vagas reservadas para o estacionamento de ônibus (nos pontos), de ambulâncias, de taxis, de viaturas policiais, de carros oficiais?

Alguns cidadãos, por motivo de alguma deficiência, têm vagas garantidas. Precisam ser respeitadas.

Mediante todos estes complexos é que surgiu o movimento “MAIO AMARELO”, semelhante a outros, que têm obtido sucesso, como o “Outubro Rosa” e o “Novembro Azul”, os quais, respectivamente, tratam dos temas câncer de mama e próstata, o “MAIO AMARELO” estimula a promover atividades voltadas à conscientização, ao amplo debate das responsabilidades e à avaliação de riscos sobre o comportamento de cada cidadão, dentro de seus deslocamentos diários no trânsito.

A marca que simboliza o movimento, o laço na cor amarela, tem como intenção primeira colocar a necessidade da sociedade tratar os acidentes de trânsito como uma verdadeira epidemia e, consequentemente, acionar cada cidadão a adotar comportamento mais seguro e responsável, tendo como premissa a preservação da sua própria vida e a dos demais cidadãos.

Década de Ação para a Segurança no Trânsito – A Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.

Que o Maio Amarelo possa atingir seu objetivo: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo e transformar a realidade para melhor!

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