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Reflexão: Amor de mãe!

Pe. Mundinho, sdn

A Sagrada Escritura, em vários momentos, nos revela a face de Deus na imagem da maternidade. Temos a sensação nítida de que Deus é mãe. De fato, Ele é mãe! Seu amor é completo, de total dedicação, de exclusividade, de atenção constante.

Quem tem amor semelhante? É a mãe! O amor de uma mãe é o mais próximo que o ser humano pode chegar, de tentar entender o amor que Deus tem por nós. O amor misericórdia, segundo a Sagrada Escritura, consiste num amor de dentro, do interior, das entranhas. Deus ama a partir de dentro.

A maternidade inicia-se com o processo da concepção. Pode-se dizer que antes da fecundação a mulher já tem em si um sentimento muito grande de afeto pelo ser que imagina gerando em seu próprio corpo. Assim, tão logo constata a concepção aflora o amor maternal que, de dentro, das entranhas vai se consolidando e concretizando no coração materno.

Amor de entranhas! Amor de misericórdia! Amor de mãe. Ela ama o filho não por mérito deste, mas porque é seu filho. Ama-o não porque ele seja bom, mas porque é sua cria, objeto do seu amor desde dentro de seu corpo, mas que nunca sai de dentro de seu coração. Mesmo dando à luz, após a gestação, a criança é expelida do ventre, mas nunca do coração, nunca do seu pensamento.

Celebramos no segundo domingo de maio o Dia das Mães. Tão caro e tão terno para todos os filhos e filhas. É um amor imensurável que supera tudo, que perdoa, que corrige, que corre atrás, que escala as montanhas do impossível, que pouco age pela razão porque o espaço do afeto é muito superior.Um amor inexplicável!

Todo respeito, toda ternura, toda manifestação de carinho pelas mães ainda deixa uma saldo devedor. Elas são mais, merecem muitos mais e devem contar sempre com nossa admiração e atenção.

Como será ser mãe? Perguntava e refletia a jornalista e apresentadora da TV Globo, Sandra Annenberg. “Um dia o relógio biológico disparou, disse ela (…) eu vi meu corpo se transformar a minha cabeça mudar, o meu coração aumentar, quase explodir. De onde vem tanto amor? Quando eu dei a luz eu nasci como mãe (…)

A gente aprende mais do que ensina

A gente se reeduca para educar

A gente erra querendo acertar

A gente se culpa tanto e se desculpa muito mais

A gente ouve e pergunta sem fim

A gente se questiona ao tempo todo: por que sim, por que não?

A gente tem expectativa e se frusta

Há ter que ter muita paciência sem perder a ternura

A gente muitas vezes dá muito mais do que recebe, mas nem sente e faz parte, transfere, quer se perpetuar e não quer que acabe nunca

Como seria sem maternidade?

Não seria pelo menos esta vida somente mas tudo por amor

Ser mãe é ser única!”.

Feliz Dia das Mães!

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