Projeto “Manhuaçu: somos uma região de Imigrantes” é discutido com Movimento Negro
Com ações relevantes junto à sociedade, a Associação do Movimento Cultural Negro de Manhuaçu e o Conselho Municipal de Promoção pela Igualdade Racial têm ganhado notoriedade e se destacado em todo o município e região. As ações constantes, no sentido de integrar toda a sociedade com o conselho que trabalha várias vertentes, têm garantido o fortalecimento do que é realizado, principalmente àquelas ações voltadas para a consciência sobre a igualdade racial.
Dentro do planejamento proposto pela diretoria, as ações vêm sendo implementadas com a participação de outras entidades, na busca de uma consciência para a valorização do trabalho, o fortalecimento e orientação às pessoas sobre a importância da luta para que a igualdade racial efetivamente seja evidenciada em todos os lugares, principalmente nos educandários. O professor de História, Gelson Araújo, participou da reunião da associação e falou sobre direitos humanos, como as pessoas devem estar mais atentas para se tornarem líderes e entender que a lei veio para todos, sem exceção. Ele explica que, atualmente falta compreensão entre as pessoas, a fim de entender sobre o direito à vida, a liberdade e a igualdade. “É preciso que entendamos mais sobre aquele que está à margem da sociedade, para não ser marginalizado”, diz o professor.
O presidente da Associação do Movimento Cultural Negro, Marco Antônio Cabral e a presidente do Conselho Municipal de Promoção pela Igualdade Racial, Renata Fagundes acreditam que a busca do fortalecimento para todas as ações, é uma maneira para que todo o trabalho seja verdadeiramente reconhecido.
“Manhuaçu: somos uma região de Imigrantes”
Durante a reunião acontecida na última quarta-feira, membros da associação receberam a visita da professora Joana Darck Farrath, para falar sobre o projeto “Manhuaçu: somos uma região de Imigrantes”, que está sendo desenvolvido na Escola Estadual João Xavier da Costa e estendido para mais nove escolas. O projeto consiste em pesquisa pelos alunos, para saberem sobre a vinda dos imigrantes para a região, como contribuíram para desbravar o progresso e a descoberta de pessoas que têm origem em outros países. O trabalho será feito por meio de estudos e pesquisas designados pelas escolas, entrevista a ser feita com descendentes, além de serem convidados a visitarem a escola. Cada escola participante ficará responsável por um país.
Joana Darck conta que, ao idealizar o projeto teve a ideia de resgatar parte da história, visto que muitos colaboraram com o aspecto econômico e social da região. Ela considera que o projeto será uma retrospectiva importante acerca dos imigrantes que passaram por aqui, dando a parcela de contribuição para os avanços do desenvolvimento. “No dia 15 de julho, estaremos na Praça Cinco de Novembro apresentando todo o trabalho, com barracas e comidas típicas originárias, bandeira e outras características alusivas ao país estudado”, explica Joana Darck Farrath. Haverá também premiação para 1º, 2º e 3º lugares.
Ouça a entrevista com o professor de História, Gelson Araújo:
Eduardo Satil – Tribuna do Leste