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Reflexão: Viva a Vida

Ninguém em sã consciência deseja a morte. A vida é buscada, amada, querida e desejada sempre. Assusta-nos quaisquer iniciativas que venham contrariar tais anseios do ser vivo.

Pe. Mundinho, sdn

Quando Jesus disse “Eu sou a ressurreição e a vida”, ele queria revelar à humanidade o poder da vida que ele trazia em sua pessoa, em seus atos e posturas. A missão que recebeu do Pai foi salvar toda a humanidade, ou seja, fazer com que a vida prevaleça em todo ser vivo, sobretudo o ser humano.

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A festa da Páscoa da Ressurreição que estamos vivendo nestes dias é para nos colocar nesta rota da vida. Nele, Jesus Cristo Ressuscitado, encontramos o sentido para toda a existência. Com Ele somos fortes o suficiente para dizer que o mal não tem vez, nem a morte é forte suficiente para deter o poder da vida.

Com base nestes princípios de ordem espiritual e existencial, refletindo em nós o fluido vital é que almejamos por viver e, viver bem. Não gostamos da morte, detestamos o sofrimento, valorizamos cada ato, cada segundo de nossa existência de modo espontâneo, normal.

Ninguém em sã consciência deseja a morte. A vida é buscada, amada, querida e desejada sempre. Assusta-nos quaisquer iniciativas que venham contrariar tais anseios do ser vivo. Não cabe em nossa consciência de seres humanos normais o impulso, motivado por um sentimento ou uma paixão ou um estímulo malévolo de tirar a própria vida.

Somos afligidos sim por infortúnios, por uma moléstia, por distúrbios de ordem psico-afetivo, depressão, trauma, neurose. Mas mesmo assim no mais profundo de nossa alma prevalece o desejo de viver, a busca pela felicidade, o bem estar.

Por isso abominamos quaisquer atitudes, jogos, aventuras, ritos e rituais, leis que venham ser contra a vida. A Igreja do Brasil, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em um dos itens de seus objetivos pastorais elegeu a defesa da vida como urgência na ação evangelizadora”. No texto das Diretrizesda Ação Evangelizadora, os bispos explicitam que “A Igreja, através de uma pastoral social estruturada, orgânica e integral, tem a vocação de promover, cuidar e defender a vida em todas as suas expressões” (…) Crianças, adolescentes e jovens precisam de maior atenção por parte de nossas comunidades eclesiais, pois são os mais expostos ao abandono, às drogas, à violência, à venda de armas, ao abuso sexual, ao tráfico humano, à várias formas de exploração do trabalho, bem como à falta de oportunidades e perspectivas de futuro” (in Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2015-2019, CNBB).

Necessitamos de pessoas bem formadas que possibilitem o bom comportamento para adolescentes e jovens. O mundo da comunicação, com suas “poderosas forças” – a mídia, a informação e deformação através dos meios eletrônicos da internet, as redes sociais e demais aparatos modernos dos tempos atuais têm grande influência na vida de nossa juventude. Não podemos permitir o abuso, o desrespeito e as investidas violentas contra nossos adolescentes e jovens a partir desses meios. Pais e educadores, poder público, Poder Judiciário, força policial e toda a sociedade organizada devemos nos comprometer em defender a vida sempre. Vigiar e penalizar todos aqueles e aquelas que procuram dirimir a vida de nossa gente, sobretudo de nossos adolescentes e jovens.

 

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