A obra de reforma e ampliação da Escola Estadual do Povoado de Santa Quitéria, em Santana do Manhuaçu, tem deixado a comunidade bastante insatisfeita.
Se não bastasse a demora, já que tem quase um ano, a qualidade do serviço está sendo questionada pelos pais de alunos. Eles manifestaram sua preocupação junto à Superintendência Regional de Ensino.
Os pais dos alunos alegam que o serviço que está sendo executado não oferece segurança para as crianças. Nesta segunda-feira, eles tomaram o pátio da escola como forma de protesto.
Maria de Lourdes Júlio, mãe de aluno da escola, pede que a obra seja revisada. “A empreiteira está mexendo na obra há cerca de um ano, mas infelizmente ao invés de resolver, está causando mais problemas. Acabou com a estrutura e estamos com medo da cobertura que estão fazendo. Por tudo isso, estamos pedindo para rever e consertar o que fizeram de errado”, declarou.
Com o protesto dos moradores, a obra nesta segunda-feira ficou paralisada, mesmo com os operários da construtora no local.
SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO
Para a Superintendência Regional de Ensino, o protesto desta segunda-feira foi uma surpresa. Segundo o Coordenador Técnico da Rede Física, Mauro Balbino dos Santos, na sexta-feira, houve uma reunião com os pais e foi explicado que a obra passará por reparos.
“Temos acompanhado as obras de reforma. O último relatório de acompanhamento da engenheira da Secretaria de Estado foi feito no dia 10 de novembro e foram detectadas algumas ocorrências que carecem de ser consertadas. Isso foi passado para a empresa e deverão ser corrigidas a tempo. A obra está na fase final, que é o acabamento e cobertura”, avalia. A previsão é de que o serviço fique pronto até fevereiro.
A comunidade afirma que não está de acordo com a qualidade do serviço. No entanto, para a superintendência, o laudo dos engenheiros Pablo Viviano, contratado para fiscalizar pela Caixa Escolar, e Adriane, que é do Setor de Engenharia do Estado, será crucial para definir o futuro da obra. “A obra não está parada. Como foram determinados que façam ajustes na execução, estamos aguardando a vinda da engenheira, que tem que se deslocar de Belo Horizonte para visitar as obras de vários municípios. Levou alguma tempo para a empresa concordar com os ajustes e o Estado também precisou fazer mudanças. Houve um consenso e vai ser dada continuidade aos trabalhos, com as correções determinadas”.
Mauro Balbino garantiu que a comunidade também está sendo ouvida. “Foi mostrado isso tudo à comunidade na sexta-feira e ficou acordado que eles iriam apresentar um relatório juntamente com a diretora. Nesta segunda, a comunidade ocupou a escola e não deixou o pessoal trabalhar. Isso me causou surpresa”.
Ele adiantou que o engenheiro fiscal foi chamado e vai verificar os pontos que a comunidade pediu.
Jailton Pereira – Tribuna do Leste