Academia de Letras comemora 23 anos
Muita gente que passa em frente ao prédio da Casa de Cultura, na Baixada, nem imagina que naquele espaço que foi sede do Banco Mineiro da Produção e depois Delegacia de Polícia, preserva grande parte da história de Manhuaçu. É ali que funciona a Fundação Manhuaçuense de Cultura, do qual o seu maior expoente é a Academia Manhuaçuense de Letras com seu acervo de centenas de publicações (jornais, revistas, processo), livros, biografias, móveis e fotos que revelam histórias interessantes da cidade e da região.
Durante a noite de sexta-feira, 25/09, a Academia Manhuaçuense de Letras (AML) comemorou os 23 anos de sua existência e os 34 anos de criação da Fundação Manhuaçuense de Cultura. A cerimônia teve a presença de diversos convidados, familiares e membros da Academia.
A Academia Manhuaçuense de Letras foi fundada no dia 21 de setembro de 1992 e tem como objetivo congregar pessoas ligadas à cultura e às áreas do saber humano, estudando e divulgando a história cultural da nossa terra. O patrono é o imortal José Lins do Rêgo Cavalcanti, saudoso escritor, romancista de primeira grandeza, o mais importante escritor regional brasileiro que em suas obras deu ênfase ao ambiente social e humano, com imenso dom de transformar versos em literatura, em seu mundo épico e lírico.
O presidente Luiz Gonzaga Amorim destacou sua preocupação com a preservação da memória cultural de Manhuaçu. “Nós queremos levar a Casa de Cultura, a Academia Manhuaçuense de Letras e a Fundação Manhuaçuense de Cultura onde o povo está. Nós levaremos esta festa para as escolas, para a sociedade manhuaçuense, e com isso nós precisamos de muita ajuda. Queremos todos participando da Cultura e da história de Manhuaçu”, ressaltou.
Em sua fala, o dirigente conclamou as pessoas a defenderem e preservarem o trabalho construído pela Fundação Manhuaçuense de Cultura nesses 34 anos. “A FMC mantém viva a memória de Manhuaçu, que a cada momento ganha novos elementos, novas informações. Jornais, fotos e documentos têm que estar à disposição das pessoas para que elas também se sintam estimuladas em contribuir com novos materiais e também a produzir textos e pesquisas que contribuem com a preservação da memória da cidade”, destaca.
Nos últimos cinco anos, foram mais de oito mil estudantes que visitaram a Casa de Cultura. “Temos jornais desde 1860 e outras obras com uma gama de material e de cultura que contam a história de Manhuaçu. Atendemos historiadores do Brasil inteiro. Dias atrás recebemos pesquisadores do Rio Grande do Sul. A história de Manhuaçu, a revolta de Serafim Tibúrcio e tudo o que aconteceu no município ao longo de 138 anos de história está aqui, graças à luta dessas pessoas”, afirma.
Amorim ainda pontuou que os membros da Academia de Letras ajudam a construir a história. “São 40 patronos que de uma forma ou de outra lutaram e lutam pela cultura de Manhuaçu. Os acadêmicos são profissionais que se dedicam em suas áreas a promover a história de nosso município. Nesses 23 anos, vários membros apresentaram as biografias de personalidades de Manhuaçu e isso tudo foi contado por nós”, detalha.
De segunda a sexta na parte da tarde, sempre tem pessoas para atender e orientar aos visitantes que querem conhecer a Casa de Cultura. “Com todos os problemas e dificuldades que passamos temos a consciência do dever cumprido, mas precisamos de ajuda e não de pessoas que ficam apenas querendo criticar o trabalho que foi feito aqui nessas três décadas. Aqui está a cultura de Manhuaçu”, pontuou.
Educação
Entre os presentes, a diretora da superintendência regional de ensino, Mônica Hott, prestigiou a cerimônia festiva da Academia de Letras.
Ela ressaltou a aproximação e o importante trabalho de valorização da história, da cultura e da educação que a Casa de Cultura promove. “Fiquei muito feliz e honrada de estar participando, enfim, prestigiando a Academia que tem uma relação muito próximo com a Educação de Manhuaçu e da região. A Superintendência de Ensino tem orgulho de ver vários professores da nossa cidade que integram a Academia e estamos aqui para somar e parabenizá-los”.
Mônica Hott reforçou que ter esse espaço de pesquisa é importante para levar a um público maior fatos históricos de Manhuaçu. As escolas de Manhuaçu já têm a Casa de Cultura como referência. “É importante ter essas documentações para no decorrer do tempo para que nossos estudantes tenham acesso e saber que antes não existia algo ali e com qual fundamento foi criado. É fantástico esse arquivo para conhecer um pouco sobre nossa história e de onde nós moramos”, diz.
Jailton Pereira